(em atualização)


O Secretariado Nacional da UGT decidiu esta quinta-feira avançar com a proposta, ao Conselho Geral, de participar na greve geral de 11 de dezembro.

O Governo coloca quem negocia perante um jogo de tudo ou nada, em que quaisquer evoluções ficam dependentes da assinatura de um acordo, sejam justas ou não”, refere o secretariado na resolução a que o RTP teve acesso.

“Isto não é negociar”, acrescenta o documento.


A UGT considera que a lei laboral apresentada pelo Governo em sede de concertação social é “fora de tempo” e “atentatória do espírito do diálogo social”, já que “traduz uma opção clara em favor dos empregadores, cortando direitos aos trabalhadores e prejudicando a atividade dos sindicatos”.


“O anteprojecto apresentado é a antecâmara de uma reforma laboral para os patrões e, por isso, mereceu logo o rotundo não da UGT e dos seus sindicatos“, lê-se no documento.


A UGT acusa ainda o Governo de passar de uma total abertura negocial à necessidade de se respeitarem as “traves-mestras” da reforma e até à imposição de linhas vermelhas.


Por estas razões, a UGT e os seus sindicatos decidiram propor ao Conselho Geral da UGT “a convocação de uma greve geral para o dia 11 de dezembro de 2025”.


Decidiram ainda “iniciar o diálogo e a articulação com outras estruturas representativas dos trabalhadores, com vista à construção de uma plataforma de convergência na ação”.


A greve, explica a União Geral de Trabalhadores, é “contra uma reforma laboral que não pode avançar, contra um ataque sem precedentes aos trabalhadores e sindicatos, contra a indiferença face aos problemas reais dos portugueses e contra o simulacro negocial”.