Os ministros das Finanças estiveram reunidos, em Bruxelas, mas a Bélgica continua a exigir garantias e solidariedade dos outros Estados-membros no caso de ter que devolver os ativos, no valor de 170 mil milhões de euros, à Rússia.
A ideia é emprestar esse valor à Ucrânia já e, quando a Rússia pagar futuras indemnizações de guerra, Kiev as use para pagar esse empréstimo.
Mas, a Bélgica, onde estão congelados esses ativos russos, tem que ter garantias de que se não houver reparações de guerra por parte da Rússia e os ativos tiverem que ser descongelados, os consegue devolver.
Já foi determinado o valor que cada Estado se compromete a garantir no caso de isso acontecer, mas há ainda pormenores a acertar. No caso de Portugal esse valor é de 2,5 mil milhões de euros.
Joaquim Miranda Sarmento diz que Portugal apoia esta solução e que deve haver uma solução em breve para que os 27 continuem a apoiar Kiev.
“Nós precisamos de continuar a apoiar a Ucrânia. A proposta que a comissão apresentou de usar os ativos russos que estão congelados para empréstimos à Ucrânia é uma proposta que o Governo português apoia, do ponto de vista genérico”, disse o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento.
A Comissão Europeia continua a procurar uma solução técnica e o ministro acredita que em breve haverá uma solução para esta situação. A hipótese de avançar com uma dívida comum para conseguir verbas para apoiar a Ucrânia não está fora da mesa e a presidente da Comissão Europeia voltou a referir-se a essa hipótese esta manhã, no Parlamento Europeu.
No entanto, o ministro das Finanças admite que vários Estados-membros não estão em condições orçamentais para poder avançar com esta solução.