Dezenas de manifestantes forçaram nesta terça-feira a entrada no recinto onde decorre a COP30 em Belém do Pará, no Brasil, tendo entrado em confrontos físicos com a equipa de segurança da 30.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas. Um dos seguranças ficou ferido, com um corte na testa, após ter sido atingido por um tambor lançado por um manifestante. A conferência decorre até 21 de Novembro.
Segundo a televisão brasileira Band, activistas indígenas e outros manifestantes — alguns vestindo camisolas do Partido Socialismo Liberdade (PSOL) — vandalizaram a porta do edifício e, já dentro do recinto, foram travados por um cordão humano composto por elementos das forças de segurança. Uma testemunha disse à Reuters ter visto um segurança ser levado do local de cadeira de rodas, não se sabendo se se trata do ferido noticiado.
Na sequência dos tumultos, os eventos programados para o final do segundo dia da COP30 foram cancelados cerca de duas horas antes do término previsto.
Valter Correia, secretário da COP30, disse que a organização da conferência estava a tomar as medidas necessárias na sequência dos incidentes. “A ONU tem todos os seus protocolos de segurança”, acrescentou, citado pelo portal brasileiro G1.
Alguns dos manifestantes violentos poderão ter participado na Marcha Pela Saúde e Clima, um protesto também realizado na terça-feira, 11, e que reuniu milhares de pessoas em Belém do Pará com o objectivo de “chamar atenção para os impactos das mudanças climáticas na saúde pública e para a necessidade urgente de políticas que protejam tanto as pessoas quanto o planeta”.
Numa nota divulgada pela organização do protesto, os referidos actos “ocorreram após a marcha” pacífica e nada tiveram a ver com os organizadores.