Quando vamos ao supermercado, é fácil perdermo-nos entre a variada oferta nas múltiplas prateleiras. Afinal, que maças levar? Quais os melhores kiwis? E… qual a canela mais genuína?

Dizemos genuína porque nem toda a canela é 100% canela. O alerta é feito pela engenheira alimentar Susete Estrela, que nos remete para um estudo científico realizado pela Comissão Europeia em 2025, que analisou 104 amostras de canela compradas em vários supermercados europeus (Áustria, Bélgica, Bulgária, França, Alemanha, Grécia, Itália, Malta, Eslováquia, Espanha). A conclusão? “66,3% tinham problemas graves de segurança ou fraude e 9,6% não cumpriam legislação: tinham excesso de chumbo”. 

Estes dados são particularmente preocupantes quando pensamos que 29,8% das amostras poderiam ser tóxicas para crianças com menos de 10 anos e que apenas 33,7% estavam livres de qualquer suspeita. 

Entre os sinais de alerta de que podemos estar perante uma canela fraudulenta estão o preço muito baixo, cor escura e sabor muito forte, e dizer apenas “canela” sem mais informações, em especial a espécie botânica.

Como comprar então a canela mais segura e saudável? A engenheira alimentar deixa algumas recomendações numa publicação de Instagram. 

– Prefere canela do Ceilão (nome científico: cinnamomum verum ou zeylanicum). Tem cor mais clara, sabor mais suave e doce; 

– Evita “Cassia” ou “Cinnamomum aromaticum”;

– Prefere paus de canela inteiros. Menos fraude e podes moer em casa quando precisares.

Esta dica faz parte do novo livro de Susete Estrela, Mais de 50 Coisas Que Não Deve Fazer na Cozinha, que está à venda por €15,08 na Black Friday da Fnac

“Mais de 50 Coisas Que Não Deve Fazer na Cozinha”, Susete Estrela