Duarte Gomes, diretor técnico nacional de arbitragem, analisou o polémico penálti assinalado a favor do Casa Pia no Estádio da Luz, considerando que não devia ter sido assinalado o castigo máximo, uma vez que «houve um ressalto», mas considerando também que o vídeoárbitro também agiu bem ao não intervir no mesmo lance.
Recordamos que o referido penálti foi defendido por Anatoly Trubin, mas, na sequência do lance, Tomás Araújo acabou por fazer um autogolo que ditou o empate 2-2.
«O lance, para nós, não é penálti. Há um erro do árbitro da partida. Estamos novamente a falar de ressaltos. A abordagem inicial foi de risco alto? Cresceu para tapar a baliza? Deliberadamente, fez alguma coisa a mais ou estava estático? A bola toca do lado direito da anca, ele inclusivamente recolhe o braço direito para não fazer penálti e evitar o contacto com a bola. E a bola, de forma inesperada, a curtíssima distância, resvala para o seu movimento de rotação para a esquerda depois de um movimento defensivo. Isto, para nós, é o padrão de não haver penálti», destacou o antigo árbitro em declarações ao Canal 11.
Por outro lado, Duarte Gomes considera que o VAR também esteve bem ao não intervir neste lance, uma vez que seguiu o protocolo que também é seguido pela UEFA.
«Outra coisa é a intervenção do VAR. Isto é importante. Dissemos aos árbitros, imprensa e aos clubes que as instruções que aplicamos do VAR são as da UEFA. Tem de haver um erro claro e óbvio do árbitro. Para haver intervenção, não pode haver a mínima subjetividade de interpretação. Discordamos da opinião, não queremos que estes lances sejam punidos com penálti, mas entendemos que, face às instruções clara e reiteradas que demos, este lance não tem margem suficiente de clareza e evidência. Pelo maior respeito pelos clubes, imprensa, jogadores, com todo o ruído, pedimos apenas que respeitem a nossa análise, independentemente de criticarem. É assim que vamos ver todo o tipo de lances, com qualquer equipa que tenha este padrão», destacou ainda Duarte Gomes.