Dave Grohl sempre foi o cara que transita entre fã e professor. Cresceu obcecado pelos Beatles, aprendeu a tocar ouvindo discos e copiando acordes em casa, virou baterista do Nirvana, líder do Foo Fighters e, no meio disso tudo, guardou uma visão simples: antes de querer revolucionar qualquer coisa, é preciso entender alguns pilares.
Ao ser perguntado quais seriam os álbuns essenciais para uma espécie de “educação musical básica”, ele não veio com lista enorme, veio com uma trinca direta, conforme a Far Out, que reproduziu pergunta da BBC sobre quais discos ele usaria como base para educar musicalmente uma nova geração, e Grohl escolheu três obras que, para ele, explicam composição, peso, groove e liberdade criativa em alto nível.
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Foto: Moffly @ www.depositphotos.com
O primeiro é “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band”, dos Beatles, banda que ele chama de “primeiro amor”. Grohl relembra que ganhou as coletâneas vermelha e azul na infância e aprendeu acordes tocando junto com as músicas. Sobre Sgt. Pepper’s, destacou que é um álbum que “ainda se conecta hoje como no dia em que saiu”, exemplo máximo de como expandir o pop sem perder o encanto.
Na sequência vem “Back In Black”, do AC/DC. Para Grohl, é simples e definitivo: “se você quer ser baterista, precisa ter esse disco”. Ele trata o álbum como aula de rock’n’roll direto ao ponto, com riffs enxutos, peso, cozinha reta e Phil Rudd mostrando como segurar tudo no groove, sem exagero, só na pancada certa.
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Fechando a lista, ele aponta a trilha de “Saturday Night Fever”, dos Bee Gees, como o lado festa obrigatório da formação. Grohl comenta que, se você coloca o álbum pra tocar, “parece sábado à noite, mesmo que seja segunda de manhã”, e assume sem pudor: gosta de dançar e sempre teve um pé no pulso da disco music. Não por acaso, o Foo Fighters chegou a virar ‘Dee Gees” para homenagear esse universo nas covers.
Juntas, as três escolhas explicam bem a cabeça de Dave Grohl: respeito absoluto à boa canção dos Beatles, devoção ao rock simples e eficiente do AC/DC e zero preconceito com música feita para fazer o corpo se mexer. Na visão dele, entender Beatles + AC/DC + Bee Gees é um ótimo ponto de partida para qualquer músico; o resto é usar esses alicerces para encontrar um som próprio.
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