Imagem: Divulgação – Airbus
A Airbus publicou nesta semana os resultados financeiros do 2º trimestre e do 1º semestre de 2025, destacando a entrega de 306 aviões comerciais e um crescimento expressivo no lucro líquido consolidado, que chegou a € 1,525 bilhão, um aumento de 85% em relação ao mesmo período de 2024. A receita total cresceu 3%, alcançando € 29,6 bilhões no semestre.
O lucro do 2º trimestre de 2025 foi de € 732 milhões, um impressionante salto de 218% em relação ao mesmo período do ano passado.
O desempenho do 1º semestre foi impulsionado por pedidos no segmento de aviões comerciais, que registrou 494 novos pedidos brutos (402 líquidos após cancelamentos, frente a 310 no mesmo período do ano anterior). A carteira de aeronaves comerciais da Airbus soma atualmente 8.754 unidades, enquanto 306 aeronaves foram entregues no semestre, incluindo modelos como o A220, A320, A330 e A350.
O segmento de helicópteros da Airbus também teve um crescimento significativo, com 138 entregas realizadas no semestre e um aumento de 16% nas receitas, que atingiram € 3,7 bilhões.
A Airbus Defence and Space obteve € 5,8 bilhões em receitas no semestre, um aumento de 17% em relação ao mesmo período do ano anterior. Entre os destaques do setor, está o progresso no programa militar A400M, que inclui a aceleração de entregas para a França e Espanha, além de discussões em andamento sobre o futuro do programa.
Apesar de um avanço positivo nos números gerais, a Airbus enfrenta desafios operacionais. O CEO Guillaume Faury mencionou problemas persistentes na cadeia de suprimentos, especialmente envolvendo motores do A320 e outros componentes do A350 e A220. No entanto, a empresa continua aumentando a produção nas famílias de aeronaves, com metas ambiciosas para o A320 (75 unidades por mês até 2027), A350 (12 unidades mensais até 2028) e A220 (14 unidades mensais até 2026).
Para 2025, a Airbus reiterou suas metas de entregar 820 aeronaves comerciais, atingir um EBIT ajustado de € 7,0 bilhões e gerar um fluxo de caixa livre de € 4,5 bilhões antes de financiamentos a clientes.
Outras movimentações incluem a integração de pacotes de trabalho da Spirit AeroSystems, prevista para ser concluída no quarto trimestre, e o recente acordo político entre União Europeia e Estados Unidos para retorno de tarifas zero em aeronaves civis, visto por Faury como um avanço positivo para o setor.