“Esta Mesquita Central foi a primeira grande mesquita que nasceu em Portugal e surgiu da iniciativa de compatriotas nossos, que vieram de África”, começou por recordar o presidente da República.
O objetivo era que fosse não só um “centro religioso” mas também “um ponto de encontro e um centro cultural”. E é muito importante, na ótima de Marcelo, porque “tem sido um ponto a partir do qual a comunidade islâmica tem estado em contacto com outras comunidades religiosas”.
“A colaboração entre essas comunidades (…) é importante que aconteça, porque faz parte do diálogo da tolerância, essencial numa sociedade democrática e livre”.
O presidente da República considerou ainda, aos jornalistas, que “a liberdade religiosa e a tolerância religiosa são muito importantes”, até porque entre os portugueses há muitos “que não são religiosos” e outros que são.
Questionado sobre o discurso de ódio, na sociedade atual, Marcelo referiu que não usa “muito essa expressão” e admitiu que em alguns países “o diálogo ecuménico tenha sido mais intenso em certos momentos”.

Já no caso português, “as ações sociais continuam”.
“Desde o momento em que há problemas comuns (…) é preciso atuar em conjunto. E as autarquias precisam da colaboração das várias comunidades”, argumentou.
Durante a cerimónia, o presidente da República discursou e disse que o país ficou sempre mais pequeno quando rejeitou o diálogo entre as religiões.

De visita à Mesquita Central de Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa reafirmou que a comunidade muçulmana é parte importante de Portugal, e enriquece o país.