Sete distritos de Portugal continental estão sob aviso amarelo, devido à previsão de chuva, por vezes forte e com trovoada, informou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) este domingo, 16 de Novembro,

Viseu, Porto, Viana do Castelo, Aveiro, Coimbra e Braga são as regiões do país que estão sob aviso amarelo, o terceiro mais grave alerta de mau tempo, até meio e final da tarde de domingo. Quanto ao distrito de Leiria, o aviso estende-se até às 21h.

No arquipélago dos Açores, estão sob aviso amarelo os grupos Central e Oriental, devido à previsão de precipitação, por vezes forte, podendo ser acompanhada de trovoada.

Nas ilhas do Faial, Pico, São Jorge, Terceira e Graciosa, pertencentes ao grupo Central, o aviso vigora até às 12h de segunda-feira, 17.

Nas Flores e Corvo, que constituem o grupo Ocidental, o aviso tem efeito até às 6h de segunda-feira.

Depois de alguns dias sob aviso laranja, devido à passagem da depressão Cláudia, o mau tempo começa a abrandar em Portugal continental. Contudo, prevê-se ainda precipitação, por vezes forte, de granizo, acompanhada de trovoada no litoral oeste, e vento forte no litoral oeste e terras altas. A agitação marítima continuará também forte durante este domingo.

O aviso amarelo é emitido pelo IPMA quando há uma situação de risco para determinadas actividades dependentes da situação meteorológica.

Portugal continental registou 815 ocorrências entre a meia-noite e as 18h de sábado, 15, devido ao mau tempo, principalmente inundações, a maioria na Área Metropolitana do Porto, seguindo-se a região do Algarve, segundo fonte oficial da Protecção Civil.

O maior número de ocorrências, 506, relacionou-se com situações de inundação, seguidas de “103 limpezas de via, 97 quedas de árvores, 54 quedas de estruturas e 50 relacionadas com movimentos de massa ou deslizamentos de terras.

A Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC) registou, até às 18h, uma vítima mortal e 28 feridos, dois dos quais graves, em Albufeira, devido a um “evento extremo de vento”, disse ainda.

Segundo um oficial de operações da ANEPC, com base na previsão do IPMA, a tendência será para “haver um desagravamento” das “condições meteorológicas”, que, aliás, se tem notado, pois “já começa a diminuir o número de ocorrências”.

A ANEPC alerta que o impacto dos efeitos do mau tempo pode ser minimizado através de comportamentos preventivos adequados, em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, com a adopção de medidas como a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais.

A Protecção Civil recomenda ainda aos cidadãos que tenham especial cuidado na circulação e permanência em áreas arborizadas, que adoptem precauções na circulação junto à orla costeira e zonas ribeirinhas e que evitem actividades relacionadas com o mar, como pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, bem como o estacionamento de veículos junto à orla marítima.

Outras das medidas preventivas passam por uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e prestando especial atenção à eventual formação de lençóis de água nas vias rodoviárias; não atravessar zonas inundadas, prevenindo o risco de arrastamento de pessoas ou veículos para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas; e retirar de zonas normalmente inundáveis animais, equipamentos, veículos e outros bens para locais seguros.

A depressão Cláudia afecta desde quarta-feira Portugal continental e o arquipélago da Madeira com chuva, vento e agitação marítima fortes, segundo o IPMA.