A República Democrática do Congo venceu a Nigéria no desempate por grandes penalidades, este domingo, e garantiu o acesso ao play-off intercontinental de março, onde tentará carimbar um lugar no Mundial 2026.
O jogo nem tinha aquecido e já a Nigéria estava na frente. Aos três minutos, Zaidu, lateral do FC Porto, cruzou longo da esquerda e a bola sobrou para Onyeka à entrada da área. O médio rematou de imediato e um desvio traiu o guardião Lionel Mpasi-Nzau, fazendo o 1-0.
O Congo respondeu com personalidade e chegou ao empate aos 32 minutos. Bakambu trabalhou bem na esquerda e serviu Meschack Elia, completamente solto na área. O avançado finalizou com classe para o canto direito, assinando um golo do empate.
O equilíbrio marcou a segunda parte, mas o drama ficou guardado para o prolongamento. O Congo festejou duas vezes… e as duas vezes viu o árbitro anular o golo.
Aos 95m, Fiston Mayele empurrou para dentro da baliza e correu a celebrar, mas o lance foi anulado por falta sobre o guardião Nwabali. Mais tarde, aos 110m, Noah Sadiki também marcou, só que o árbitro entendeu que o médio entrou ao lance com o pé em riste sobre o defesa central nigeriano, invalidando novamente o golo.
Já em cima do apito final, aos 120+1m, Chancel Mbemba, antigo jogador do FC Porto, obrigou Nwabali a uma grande defesa, num cabeceamento que tinha selo de golo.
No desempate decisivo, tudo começou mal para a Nigéria: Bassey atirou o primeiro penálti para a bancada. Mas Nwabali tratou de equilibrar as contas ao defender a cobrança de Moutoussamy. E a série transformou-se num festival de falhanços.
Moses Simon permitiu a defesa de Fayulu, que tinha entrado especificamente para os penáltis, e Sadiki finalmente abriu o marcador. Adams empatou e Tuanzebe voltou a falhar para o Congo, com mais uma defesa de Nwabali.
Onyemaechi colocou a Nigéria pela primeira vez na frente, Mayele empatou, Ejuke voltou a adiantar as Super Eagles e Balikwisha levou tudo para a morte súbita. Na hora da verdade, Fayulu voltou a brilhar e defendeu o remate de Ajayi. Coube a Mbemba assumir o último penálti e o central não falhou: Congo apurado.
Com este resultado, o Congo festeja um passo gigantesco rumo ao Mundial. Em março, terá pela frente um play-off intercontinental frente a seleções dos restantes continentes (exceto Europa), onde tentará repetir o feito histórico de 1974, quando ainda se chamava Zaire.
A Nigéria, essa, volta a falhar uma qualificação para um campeonato do Mundo depois de já não ter conseguido o apuramento para o Mundial de 2022, no Qatar.