A explosão que destruiu uma via férrea na ligação Varsóvia–Lublin constitui “um acto de sabotagem sem precedentes, dirigido à segurança do Estado polaco e dos seus cidadãos”, afirmou esta segunda-feira o primeiro-ministro da Polónia, Donald Tusk.

Tusk já tinha dito, no domingo, que a explosão resultara de um ato de sabotagem. O incidente, segundo escreve o The Guardian, foi comunicado na manhã de domingo, depois de um maquinista de um comboio regional de passageiros ter detectado a falta de uma secção da linha férrea, o que desencadeou uma investigação às causas dos danos.

O primeiro-ministro polaco recorreu ao X para avançar que há uma investigação em curso e que “como casos anteriores deste género, vamos apanhar os autores, independentemente de quem sejam os seus apoiantes”, sublinhando que a linha Varsóvia-Lublin é “de importância crucial para entregar ajuda à Ucrânia”.

O caso aumenta as preocupações na Polónia, que continua em alerta máximo perante ameaças híbridas persistentes da Rússia e da Bielorrússia, depois de mais de 20 drones terem entrado no espaço aéreo polaco em Setembro, levando a uma resposta da NATO. Em Outubro, a Polónia já tinha confirmado que, em conjunto com a Roménia, tinham detido oito pessoas suspeitas de sabotagem por ordem russa.