A Apple poderá estar a preparar-se para uma mudança importante. Tim Cook poderá deixar o cargo de CEO da Apple já em 2026, após 15 anos à frente da empresa. Embora John Ternus, vice-presidente de engenharia de hardware, pareça um forte candidato para o substituir, a decisão final caberá ao conselho de administração da gigante tecnológica.
Tim Cook poderá ser substituído no próximo ano
Aos 65 anos, Tim Cook poderá passar o comando da Apple ao seu sucessor, possivelmente já no início do próximo ano. Quem o diz é o Financial Times, que explica que o conselho de administração e a administração da empresa aceleraram o processo de procura de um substituto para o cargo de CEO.
Fontes do jornal de negócios indicam que a transição não está relacionada com o desempenho da Apple. Está a caminho de um trimestre de festas recorde, como aconteceu no verão passado. A empresa não deverá anunciar nada antes da divulgação dos seus próximos resultados trimestrais, prevista para antes do final de janeiro de 2026.
Um anúncio no início do ano teria a vantagem de dar ao novo CEO e à sua equipa algum tempo para se adaptarem, sem a pressão adicional de se prepararem para os principais eventos anuais da Apple. A apresentação principal da WWDC em junho e a apresentação da nova linha de iPhones em setembro. Mas o cenário pode mudar a qualquer momento.
John Ternus é um forte candidato dentro da Apple
Após gerir as operações da empresa, Tim Cook assumiu o cargo de Steve Jobs em 2011, poucos meses antes da morte do icónico fundador da Apple. O atual CEO viveu uma série de sucessos (AirPods, a estratégia de serviços) e fracassos (o projeto do carro cancelado, a estratégia de IA, o Vision Pro, o HomePod e as batalhas com as entidades reguladoras). O certo é que levou a Apple a novos patamares. A capitalização bolsista do grupo saltou de 350 mil milhões de dólares em 2011 para 4 biliões atualmente.
Internamente, John Ternus é popular. O vice-presidente de engenharia de hardware tem 50 anos, e a sua possível nomeação teria também um significado simbólico. Colocaria um especialista em hardware de volta ao comando, um perfil que não se via à frente da Apple desde a era Jobs.
John Ternus juntou-se à Apple em 2001 e trabalhou no iPhone, iPad e na maioria dos principais lançamentos de produtos da última década. Goza de uma sólida reputação. Cultiva um estilo discreto e altamente técnico, bem diferente da abordagem mais politicamente carregada de Tim Cook. Se for escolhido, no entanto, terá de convencer todos de que um regresso ao ADN essencial do hardware da Apple poderá ser suficiente para reacender o seu ímpeto inovador numa altura em que os seus concorrentes apostam na IA.

