Em mais uma parceria entre a Koei Tecmo e a Nintendo, os personagens de The Legend of Zelda compõem mais uma vez Hyrule Warriors, que ganha um novo capítulo, agora mostrando o passado do universo explorado em Tears of the Kingdom. Zelda volta ao passado, para a era do primeiro rei de Hyrule, Rauru, e deve auxiliá-lo em sua guerra contra o rei Gerudo, Ganondorf. Enquanto juntam aliados e avançam na batalha, Os Sábios vão descobrir que o mal que permeia Ganon é apenas o principio de algo pior.
Jogabilidade
O aperfeiçoamento do combate é o que torna o musou divertido, mesmo com longas campanhas no campo de batalha, o jogador ainda se sente disposto para lutar novamente.
(foto: Reprodução/Nintendo)
O estilo de jogo japonês conhecido como musou, focado em um personagem dentro de um enorme campo de batalha é uma das, se não “A”, especialidade da Koei Tecmo. Na manga, a empresa já produziu títulos com personagens históricos em Samurai Warriors, com anime em One Piece: Pirate Warriors – Meu favorito pessoal – e com a Nintendo produziu a franquia Hyrule Warriors desde a era do Wii U.
O novo título mantém muito do estilo de jogabilidade conhecida do gênero, com duas botões para ataque, com um sendo um combo leve e outro sendo uma habilidade do personagem. Se pressionados alternadamente, na sequência de combo, o personagem executa um diferente poder. O boneco também tem uma barra para um ataque especial, que carrega conforme ele luta com os inimigos, quando cheia ela dispara um golpe capaz de matar inúmeros inimigos.
Além disso, inicialmente o personagem tem duas habilidades, um ataque para acertar inimigos no ar e outro golpe de avanço, ambos servem para impedir ataques de inimigos mais fortes que podem ser pausados no meio de habilidade certa for utilizada. Os inimigos mais resistentes contam com seis barras de escudo, e o jogador pode danificá-lo tanto com ataques comuns, golpes especiais, ou aparando o ataque do adversário. Assim ele fica atordoado e permite ao jogador utilizar um golpe especial de quebra de guarda, o que dá um dano bem grande.
No campo de batalha, o jogador quase sempre vai ter parceiros de time, e além de poder alternar a qualquer momento entre os personagens presentes no campo de batalha, cada boneco tem uma barra própria dentro do seu ícone de seleção, essa que quando dois tem cheia podem ativar um especial em parceria. O Rei Rauru e sua irmã Mineru, por exemplo, quando se unem, o guerreiro ganha diversas lanças flutuantes que o orbitam e ele ganha a habilidade de dar vários ataques sucessivos.
Mapas e ambientação
Zelda é a protagonista da vez com uma missão vital para o futuro de Hyrule.
(foto: Reprodução/Nintendo)
Como o jogo se passa no mesmo universo explorado em Tears of the Kingdom, uma das dificuldades era traduzir aqueles cenários do jogo de mundo aberto, para arenas que não só lembrem, mas que ambientam o jogador no mesmo universo. Minas Zonai, campos abertos, desertos, picos gelados e lugares corrompidos, todo estilo adotado no último jogo está presente em Hyrule Warriors de uma forma bem traduzida e mesmo com o diferente estilo de jogabilidade ainda localiza o jogador no universo Zelda.
Os Sábios
Os Sábios visto brevemente em TOTK ganham uma profundidade especial nessa aventura da Koei.
(foto: Reprodução/Nintendo)
Hyrule Warriors aproveita o vácuo da história de Tears of the Kingdom para se aprofundar nos personagens lendários dos 4 povos que habitam na terra de Hyrule. Com Zelda e o rei, foram eles os responsáveis por aprisionar Ganon em sua forma decadente no futuro de Tears of the Kingdom. Contudo, lá os personagens são vistos como seres mitológicos, sem muito aprofundamento em suas personalidades, há um ponto que o jogador nem vê seus rostos, apenas as máscaras verdes que representam cada um.
No novo título eles ganham um melhor aprofundamento, com o jogador podendo conhecer suas personalidades e características antes deles assumirem o posto de Sábio. A exploração inclusive inclui a própria Zelda, que ganha um aprofundamento e um destaque enorme, tamanha importância que ela assume no título, o que só coroa sua participação no passado e no futuro de Hyrule. No meio de tudo isso, a Koei ainda cria um novo personagem que faz parte dos frágeis e bobos, Koroks, esse que é corajoso chamado Calamo, que cria um construto poderoso para lutar contra as forças de Ganon.
Considerações Finais
Calamo e o Constructo.
(foto: Reprodução/Nintendo)
Utilizando o poder do Switch 2 e a história cheia de lacunas e mistérios de Tears of the Kingdom, Hyrule Warriors cria uma história interessante do passado daquele universo, investindo não só no quesito jogabilidade para manter o jogador interessado, mas também na história e em seus personagens, sem repetir coisas óbvias e dando espaço para novos personagens brilharem também. Com isso, ele se torna melhor até que o seu antecessor que explorava a guerra de 100 anos contra Ganon vista no início de Breath of the Wild.
Hyrule Warriors: Age of Imprisonment já está disponível exclusivamente para o Nintendo Switch 2.
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* Está análise foi feita com uma cópia enviada pela Nintendo Brasil
Formado em jornalismo pelo Instituto de Ensino Superior de Brasília (IESB). Atua desde 2022 como repórter multimídia do Correio Braziliense, o primeiro jornal de Brasília. Participou de coberturas importantes como as eleições de 2022 e