Há cada vez mais automóveis e marcas chinesas no mercado, em particular modelos elétricos – onde os construtores da China estão na linha da frente e propõem modelos avançados e acessíveis. O diretor-executivo da Ford, Jim Farley, está consciente do risco que paira sobre os fabricantes do resto do mundo – e, neste caso particular, os americanos.

Numa recente entrevista à CBS, o dirigente afirmou: “Na China, eles têm capacidade suficiente nas fábricas atuais para servir todo o mercado da América e pôr-nos fora do mercado. O Japão nunca teve isso. Então, isto é um nível de risco completamente diferente para a nossa indústria”.

Jim Farley, que na sua carreira também passou pela Hyundai, traçou um paralelismo com a situação dos anos 1980: “Veem semelhanças entre os anos 1980, quando a indústria automóvel dos Estados Unidos da América estava a enfrentar concorrência crescente do Japão, e onde está hoje a China? Penso que é exatamente a mesma coisa, mas com esteroides”.

O próprio empresário revelou conduzir um Xiaomi SU7. A tecnológica chinesa chegou ao setor automóvel no ano passado e recebeu elogios do executivo: “Tem alta qualidade e uma ótima experiência digital”.

Questionado sobre o motivo que o leva a conduzir um automóvel chinês, Jim Farley retorquiu: “Porque são a concorrência e, para os bater, tens de os conhecer”.

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