Rápido, simples e com uma facilidade tremenda. 1-0 aos 18’, 2-0 aos 29’, 3-0 aos 36’, 4-0 aos 41’. E mais dois na segunda parte. Foi assim que a Alemanha garantiu nesta segunda-feira a presença no Mundial 2026, com um triunfo fácil, por 6-0, frente à Eslováquia.

Este jogo parecia um duelo entre o favorito ao apuramento e uma selecção em agonia na cauda do grupo? Em certa medida, sim. Mas longe disso. Alemães e eslovacos estavam com 14 pontos no topo do grupo A e jogavam o apuramento neste último jogo – alguém iria ao Mundial e alguém precisaria de ir ao play-off em Março de 2026.

A facilidade com que a Alemanha “despachou” a Eslováquia, em Leipzig, acaba por ser surpreendente, até pelo resultado do jogo em Bratislava: triunfo dos eslovacos por 2-0, que só tinham sofrido dois golos até aqui.

Tudo começou aos 18’, quando deram espaço a Kimmich do lado direito e a Woltemade no centro da área. E isso tem conclusão evidente: um cruzamento bem medido e um cabeceamento de sucesso – a falta de marcação ao lateral ainda é aceitável, mas a total despreocupação com o gigante Woltemade foi bizarra.

Numa equipa muito dinâmica, Goretzka apareceu na zona de Woltemade aos 29’ e baralhou marcações – o avançado tinha saído, o médio apareceu entre linhas em apoio frontal e o movimento no espaço foi de um ala vindo de trás: Gnabry finalizou isolado pelo grande passe de Goretzka.

Aos 36’, Woltemade voltou a arrastar adversários e a Eslováquia prestou-se a subir a defesa. Foi o suficiente para um passe tremendo de Wirtz a isolar Sané. Esta sociedade voltou a trabalhar junta ainda antes do intervalo, com mais um grande passe de Wirtz a solicitar a finalização de Sané – Wirtz parecia ter um comando a teleguiar as bolas.

Aos 67’, foi novamente Woltemade a desequilibrar entre linhas, mostrando uma técnica rara para alguém com quase dois metros – criou a jogada do golo de Baku. E aos 79′ a “música” foi a mesma: jogada de combinações curtas, novamente com papel fundamental de Woltemade no golo de Ouédraogo, jogador de 19 anos em estreia na selecção.

Nota ainda para o apuramento dos Países Baixos, que tinham a presença quase garantida no Mundial (até poderiam perder), mas faltava o quase: houve triunfo (4-0) frente à Lituânia.