O uso de uma bandeira LGBT durante uma missa em Sevilha, Espanha, está a dar que falar. Durante a cerimónia religiosa, um membro da associação católica Orate levantou-se para repreender o padre e acusá-lo de ser um “traidor”.

Segundo o jornal espanhol ABC, a Orate tinha pedido uma missa fúnebre “pelos jovens falangistas” que morreram na Guerra Civil. O pedido foi inicialmente aceite, mas posteriormente negado quando se aperceberam que se iria transformar num ato de cariz político.

No passado dia 15, um membro da associação Orate foi gravado a repreender e insultar o padre que estava a celebrar a missa por este ter colocado uma bandeira LGBT no altar da igreja de Santa María la Real.

No vídeo partilhado nas redes sociais, é possível ver o momento em que o jovem chama “traidor” ao padre.

“O primeiro culpado és tu, que estás a acolher o pecado nesta missa.”

O padre Francisco Javier Rodríguez respondeu ao jovem lembrando-lhe o discurso de integração do Papa Francisco.

A associação Orate enviou uma carta à arquidiocese e ao Vaticano a denunciar “abusos litúrgicos” na missa, devido à forma como, segundo eles, esta foi celebrada. Na carta, pedem que os factos sejam investigados e que sejam tomadas medidas.

O padre nega que a sua comunidade se tenha recusado a celebrar a missa. Em declarações ao ABC, diz que “se a Igreja é de todos, também é deles”.

“Não podemos recusar”, afirmou, sublinhado que o grupo Orate foi avisado de que a missa seria celebrada sem manifestações políticas de qualquer tipo, apenas como um ato religioso.