No que respeita aos atuais desafios mundiais, os CEOs apontam a instabilidade geopolítica (46%) como o mais crítico, seguida pela incerteza económica (44%), pela disrupção do mercado e pela gestão de talento (38%) e pela adoção e impacto da Inteligência Artificial (37%). Mas, em comparação com 2024, os líderes mostram-se agora mais preparados para enfrentar a complexidade e a disrupção que caracterizam o contexto atual.
Mais de 70% dos líderes empresariais antecipam desafios para o crescimento global, segundo o estudo The CEO Response da Egon Zehnder.
A mesma análise diz que 92% dos inquiridos reconhecem a necessidade de desenvolver uma capacidade de adaptação sem precedentes, para liderar em tempos imprevisíveis.
De acordo com a análise, 59% dos gestores considerarem a agilidade e a adaptabilidade como as competências mais críticas para construir uma resiliência organizacional e garantir o sucesso a longo prazo.
A adaptabilidade é assim uma competência crítica para os CEOs, que apontam a inovação, a IA e o talento como áreas prioritárias.
Estas são algumas das conclusões da edição de 2025 do estudo The CEO Response, realizado pela Egon Zehnder, empresa líder global em consultoria de liderança.
O estudo The CEO Response contou com a participação de 1.235 líderes empresariais que atuam em setores tão diversos como Consumo, Finanças, Saúde, Indústria, Administração Pública e Serviços Profissionais. Estes responsáveis representam organizações de todas as regiões do mundo.
A análise reflete as perceções e prioridades dos gestores face ao atual contexto económico, geopolítico e tecnológico.
Apesar de um cenário global de instabilidade e mudança acelerada, o estudo da Egon Zehnder revela que os CEOs estão menos formais, mais confiantes e, acima de tudo, profundamente conscientes da sua posição única numa era marcada por uma agitação geopolítica incessante e uma volatilidade económica constante.
Entre as áreas identificadas como prioritárias, destacam-se a inovação (53%), o investimento em Inteligência Artificial (44%) e o desenvolvimento de talento (42%).
“Apesar do pessimismo macroeconómico – 72% dos inquiridos preveem uma estagnação ou declínio da prosperidade global –, a grande maioria (97%) acredita que ainda existem oportunidades significativas para gerar impacto positivo no crescimento e bem-estar global, dentro e fora das suas organizações”, lê-se no comunicado.
No que respeita aos atuais desafios mundiais, os CEOs apontam a instabilidade geopolítica (46%) como o mais crítico, seguida pela incerteza económica (44%), pela disrupção do mercado e pela gestão de talento (38%) e pela adoção e impacto da Inteligência Artificial (37%). Mas, em comparação com 2024, os líderes mostram-se agora mais preparados para enfrentar a complexidade e a disrupção que caracterizam o contexto atual.
Os CEOs afirmam, ainda, que é nas suas equipas executivas (75%) e nos seus pares (43%) que encontram maior apoio para compreender e enfrentar os desafios multifacetados da atualidade, o que reforça a importância da colaboração e da partilha de conhecimento como pilares da liderança moderna.
Jorge Valadas, responsável pelo escritório da Egon Zhender em Portugal, diz que “os resultados desta edição do The CEO Response revelam um paradoxo interessante: apesar de 72% dos líderes anteciparem desafios para o crescimento global, quase todos reconhecem oportunidades reais para gerar impacto positivo. Esta visão traduz uma liderança que, mesmo em contextos de incerteza, mantém a convicção de que o progresso depende da capacidade de adaptação, da aposta na inovação e do investimento em talento”.
“Estamos perante uma geração de CEO que encara a disrupção como uma constante e que está a transformar a forma de liderar – mais pragmática, mais colaborativa e mais orientada para o impacto sustentável das suas decisões”, afirma.
“O The CEO Response evidencia que a adaptabilidade continuará a ser determinante para os líderes empresariais num cenário global em rápida mudança. A inovação, a IA e o desenvolvimento de talento surgem como prioridades claras, reafirmando a necessidade de uma liderança capaz de evoluir de forma contínua e estratégica. Estes resultados reforçam a importância de preparar as organizações para um futuro cada vez mais dinâmico e competitivo”, defende a consultora.