A empresária angolana Isabel dos Santos foi despronunciada de quatro dos 11 crimes de que estava acusada.

Vittorio Zunino Celotto
A empresária Isabel dos Santos foi despronunciada, na fase de instrução contraditória, de quatro dos 11 crimes de que vinha acusada, de acordo com o despacho de pronúncia do Tribunal Supremo angolano a que a SIC teve acesso.
A fase de instrução contraditória foi requerida pela defesa da empresária e antiga Presidente do Conselho de Administração da Sonangol Isabel dos Santos, tendo sido retiradas quatro das 11 acusações
Os crimes de fraude fiscal e falsificação de documentos cairam por prescrição. Já os crimes de abuso de poder cairam porque a acusação usou código penal posterior aos factos.
Isabel dos Santos é suspeita da prática de vários crimes que envolvem a sua gestão na Sonangol, petrolífera estatal angolana, entre 2016 e 2017, entre os quais peculato, burla qualificada, abuso de poder, abuso de confiança, participação económica em negócio, tráfico de influências, branqueamento de capitais, e fraude fiscal e qualificada.
Além da filha do ex-Presidente da Republica José Eduardo dos Santos, foram também pronunciados no processo três arguidos – Mário Leite da Silva, Paula Oliveira, e Sarju Chandulal.
Todos os arguidos foram despronunciados do crime de associação criminosa e a PWC-Angola sai do processo depois de o Tribunal Supremo angolano ter deixado cair os crimes de que estava acusada.
A empresária angolana, que reside atualmente no Dubai, tem afirmado sempre inocência e afirma que o processo tem motivações políticas.