“A música vinha do piano de cauda da minha avó e da voz desse anfitrião-barítono, que cantava com alma os lieder alemães de Schubert, Schumann e Mozart. Eu o acompanhava em muitas sessões musicais”, relembra Ana. Nos fins de semana, os longos almoços reuniam a intelligentsia brasileira e internacional – de Jorge Amado a Pablo Neruda, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes a Paco de Lucía. A culinária, marcada por cores, texturas e temperos vindos do mundo inteiro, tinha um perfume inconfundível de peixes e frutos do mar. “Tudo girava em torno de uma grande mesa, onde os convidados mergulhavam em sensações ainda não vividas. Na Casa de Roberto, uma entre as sete construções do sítio, com seus sete lagos e pontes, a banalidade simplesmente não existia.”