Em teoria, o Conselho de Segurança da ONU aprovou a resolução (elaborada pelos EUA) que adota o plano de Donald Trump para pôr fim à guerra em Gaza, autorizando assim uma força internacional de estabilização para aquele território palestiniano. Na prática, porém, vários investigadores interrogam-se sobre se o conflito poderá mesmo ser encerrado desta forma. Zaha Hassan, ativista palestiniana e investigadora do Carnegie Endowment for International Peace, questiona: “O que é necessário neste momento, após dois anos de bombardeamento contínuo a Gaza e ao seu povo? E depois de termos visto um parecer consultivo do Tribunal Internacional de Justiça, em julho de 2024 que dizia que a presença de Israel nos territórios ocupados é ilegal?”
Zaha Hassan é uma das autoras de um Plano de Armistício Palestiniano, que propõe “uma força de paz para a Palestina, não uma força de estabilização para Gaza”. Os autores desta proposta consideram que o atual cessar-fogo entre Israel e o Hamas, intermediado com a participação do Presidente dos Estados Unidos da América, não consegue dar resposta à devastação de Gaza nem ao conflito israelo-palestiniano, por não “abordar as suas causas subjacentes”.
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