O grupo estava a ser investigado há cerca de oito meses e foi apanhado, esta terça-feira, numa operação musculada do Comando de Faro da GNR, em colaboração com a PSP, em cumprimento de 13 mandados de busca, nas freguesias de Quelfes e Olhão.
De acordo com o capitão António Ramos, da GNR de Faro, “este grupo atuava de forma organizada e com recurso a armas de fogo, existindo alguns relatos de violência gratuita a pessoas vulneráveis, nomeadamente sem-abrigo”. Os suspeitos utilizariam as armas de fogo para ameaçar as vítimas e intimidá-las, efetuando “disparos para o ar”. Além do concelho de Olhão, “operavam nos concelhos limítrofes”.
Tráfico de droga
Durante a operação, a GNR apreendeu 445 doses de cocaína, 381 de haxixe, duas doses de liamba, 26,15 gramas de cabeças de canábis, cinco botijas de óxido nitroso e cinco balanças digitais. Entre o estupefaciente apreendido, estavam cocaína cor-de-rosa e haxixe branco.
“Não é comum apanharmos cocaína cor-de-rosa e haxixe branco. São substâncias que estão agora a aparecer no mercado português e que foram detetadas recentemente em França e no sul de Espanha”, acrescentou.
O oficial explicou que “a cocaína cor-de-rosa tem um tratamento sintético com mistura de outras substâncias” e “o haxixe branco tem um grau de pureza maior”. Ambos “têm um valor de mercado superior” e “são normalmente destinados para consumidores de um estrato social mais elevado”.
Foram também apreendidas duas caçadeiras, uma réplica de arma de fogo, um revólver, uma pistola artesanal, uma pistola, duas armas de ar comprimido, uma espingarda de ar comprimido, 84 munições de diversos calibres, um invólucro de granada de mão, um bastão extensível, dois passa-montanhas e um machado. A GNR apreendeu ainda um relógio, quatro trotinetes elétricas, dois LCD, uma coluna de som, três consolas de videojogos, vestuário e perfumes, dois cofres, 17 telemóveis e mais de 37 mil euros em numerário.
Os detidos têm idades entre os 18 e os 38 anos. “Apesar de existirem elementos jovens no processo, já tem um historial e antecedentes criminais, que lhes dão experiência na prática de crimes”, avançou o oficial da GNR.
O grupo foi presente a tribunal, mas só deverá conhecer as medidas de coação esta quinta-feira.