Cerca de 16 mil pessoas foram afetadas pelos cortes de energia elétrica na região de Kursk, na Rússia, na sequência de um ataque ucraniano com drones, disse o governador regional, esta quinta-feira.

Alexander Khinshtein, responsável pelo governo regional de Kursk, disse que na noite de quarta-feira as forças da Ucrânia atacaram subestações elétricas na zona de fronteira deixando 16 mil pessoas sem energia nos distritos de Glushovsky, Rylsky e Korenevsky.

Em informações divulgadas através das redes sociais, o governador acrescentou que o fornecimento de energia de emergência foi restabelecido em Rylsky, nas últimas horas.

Os meios de comunicação social russos publicados no estrangeiro noticiaram também um ataque ucraniano, durante a noite, contra a refinaria de petróleo de Ryazan, localizada numa região próxima de Moscovo.

Entretanto, o responsável pela refinaria russa, Pavel Malkov, afirmou nas redes sociais que uma unidade da empresa foi danificada embora não tenha adiantado mais pormenores.

O relatório diário do Ministério da Defesa indicou que as defesas aéreas russas abateram um total de 65 aparelhos aéreos não tripulados (drone) ucranianos durante a madrugada desta quinta-feira.

A maioria dos drones abatidos ocorreu nas regiões de Voronezh (18), Ryazan (16) e Belgorod (14).

Outros sete drones foram intercetados em Tula, quatro em Bryansk, três em Lipetsk, dois em Tambov e um na Crimeia, região ucraniana anexada pela Rússia em 2014.

Na quarta-feira, o Ministério da Defesa da Rússia afirmou ter abatido também 65 drones ucranianos sobre quatro regiões, e em zonas próximas do Mar Negro e no Mar de Azov.

As autoridades pró-russas em Donetsk, anexada pela Rússia em 2022, admitiram que 65% da população da região continua sem energia elétrica após um ataque ucraniano com drones e mísseis registado na última terça-feira.

Segundo Kiev, o principal alvo dos ataques são instalações de produção e distribuição de energia russas.

A Ucrânia procura, por um lado, dificultar o fornecimento de combustível ao Exército russo e, por outro, diminuir a capacidade da Rússia exportar petróleo bruto e derivados, uma das principais fontes de divisas do país.

Com a descida das temperaturas, o exército russo continua a atacar as infraestruturas civis ucranianas, obrigando o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a deslocar-se a França, Grécia e Espanha em busca de ajuda energética.