Tais apoios refletiram-se “em dezenas de milhões de euros em incentivos ao tráfego atribuídos ao longo dos últimos anos através de diversos programas, refletindo o empenho contínuo na promoção da conectividade aérea da Região Autónoma”, frisou o texto enviado às redações pelo Ministério das Infraestruturas.
Tal como o executivo, a ANA – Aeroportos de Portugal expressou “surpresa” com a decisão
da companhia irlandesa, uma vez que “as recentes conversas com a
companhia irlandesa orientadas no sentido de aumentar, e não reduzir a
sua oferta de voos para Ponta Delgada”.
A fonte da ANA explicou ainda que “as taxas aeroportuárias em vigor nos Açores, as mais baixas da rede” ficaram inalteradas em 2025, “não tendo a ANA proposto qualquer aumento para 2026”.
Razões ecooadas pelo executivo, cujo comunicado sublinhou que a proposta
de taxas reguladas da ANA “para 2026 não prevê qualquer aumento face a 2025,
mantendo-se nos 8,14 euros por passageiro desde 2024, o que coloca
Portugal entre os países com taxas aeroportuárias mais competitivas da
Europa”.
Já “as taxas de navegação aérea” são
cobradas pela NAV” e “incluem a taxa de rota e de terminal”, sendo
ainda “calculadas de acordo com um mecanismo definido pela EUROCONTROL,
comum a todos os Estados-Membros”, referiu o Ministério das Infraestruturas.
“Resultam diretamente dos custos
operacionais e, de forma geral, do volume de tráfego”, esclareceu ainda.
Por
outro lado, “a taxa de terminal tem registado uma trajetória
descendente desde 2023, passando de aproximadamente 180 euros para os
atuais 163 euros”.”Os Açores continuam a afirmar-se como um destino de excelência, com o ano de 2025 a ser considerado um “ano de ouro” com receitas de turismo a crescer 10 por cento no primeiro semestre de 2025, face ao período homólogo e com um aumento consistente do número de passageiros, refletindo a competitividade e atratividade da região”, sublinha o Governo.
“O conteúdo do comunicado da Ryanair não pode ser considerado condicente com o crescimento do turismo, com as taxas praticadas ou com os apoios atribuídos a esta companhia ao longo dos últimos anos”, conclui o comunicado ministerial.
A ANA refere que mantém o diálogo aberto com a Ryanair “para identificar, além do conhecido posicionamento de comunicação da companhia, quais terão sido os elementos novos de contexto”.
Mantém também “uma colaboração estreita com o Governo Regional do Açores e entidades do turismo para assegurar a melhor conectividade aérea” de e para a região, “com a Ryanair e com os outros operadores”.
O grupo, detido pela francesa Vinci, lembrou que as rotas operadas pela Ryanair, entre Ponta Delgada, Lisboa e Porto são também operadas pela SATA e pela TAP.
com Lusa