O show do rapper Kanye West, 48, no Brasil, que aconteceria no dia 29 de novembro, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, foi oficialmente cancelado após a Prefeitura de São Paulo proibir a realização do evento.

A produtora Urban Movement disse em um comunicado publicado nas redes sociais nesta quinta-feira (20): “fizemos todos os esforços para garantir a realização do evento, mesmo com o cachê do artista, taxas para uso do autódromo e demais despesas necessárias já estarem pagas”.

De acordo com o texto, não houve alternativas para realizar o show, já que a gestão pública de São Paulo demonstrou que não permitiria que o evento acontecesse como previsto.

“Respeitamos muito os poderes constituídos, mas não concordamos com essa atitude, uma vez que um show dessa magnitude proporciona acesso à cultura, ao entretenimento e fomenta a economia da cidade”, escreveram.

A Urban Movement afirmou que vai buscar outros municípios que aceitem ser sede para a apresentação de Kanye West em uma nova data.

Os fãs que quiserem esperar o anúncio do próximo agendamento, poderão manter o mesmo ingresso, mas os que optarem pelo reembolso terão a garantia de retorno integral do valor. Todos receberão uma mensagem por e-mail e WhatsApp para fazer selecionar a opção desejada.

Ao vetar o evento de acontecer na capital paulista, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) justificou a decisão alegando que o artista faz apologia ao nazismo e promove discursos de ódio, o que seria incompatível com o uso de espaços públicos da cidade.

Neste momento, a produção do evento afirmou ter sido surpreendida pela decisão, alegando que todas as exigências legais e administrativas haviam sido cumpridas.

Histórico de declarações antissemitas e simpatia ao nazismo

Kanye West já fez diversas declarações de cunho antissemita e racista nas redes sociais. Em postagens no X, antigo Twitter, ele chegou a escrever frases como “Eu amo Hitler”, “Eu sou nazista” e “Os judeus roubam todo o meu dinheiro”.

Esses episódios levaram à ruptura de contratos milionários com marcas como Adidas, Balenciaga e Gap, resultando em prejuízos estimados pela Forbes em mais de US$ 1 bilhão. Em 2023, o rapper chegou a pedir desculpas pelas falas, mas em 2025 voltou a reafirmar as posições.

*Com informações de Giu Aya, da CNN Brasil