Ezequiel Garay, antigo defesa do Benfica e do Valência, não hesitou em abordar a crise crítica que o clube espanhol atravessa, apontando o acionista maioritário, Peter Lim, como a principal causa dos problemas desportivos e institucionais. Numa entrevista recente, o central argentino manifestou o desejo de que o empresário de Singapura abandone a liderança.

Ezequiel Garay ao serviço do Benfica (IMAGO)
«Oxalá que saia, pelo bem do clube. As provas estão à vista, o clube não levanta voo», afirmou Garay, ecoando o sentimento generalizado dos adeptos.
O ex-jogador foi taxativo ao sentenciar que o futuro do Valência CF depende de uma mudança na cúpula diretiva: «Há um problema muito grande. Enquanto o de cima (Peter Lim) não for embora, nada vai mudar».
O defesa, que integrou o plantel que conquistou a Taça do Rei com o Valência em 2019, recordou com mágoa o desmantelamento da equipa que alcançou esse sucesso, mencionando a vitória sobre o «Barcelona de Messi e Suárez». No ano seguinte, o clube «começou a despedir pessoas de quem não gostava».
Garay revelou ter sido um dos prejudicados por esta política. «Fui o primeiro, por não concordar com uma situação que foi o despedimento de Marcelino. Isso prejudicou-me», afirmou o argentino. Com pesar, explicou como a sua lesão posterior se tornou na desculpa para a sua saída: «Depois lesionei-me e isso foi um pretexto para eles acabarem por me dispensar. Dói-me quando penso nisso, porque me deixaram abandonado».

Garay nos tempos do Valência
Apesar das duras críticas à direção, o central fez questão de enviar uma mensagem de carinho aos adeptos. «Não imagino o Valência na Segunda Divisão. Gosto muito das suas gentes, dos seus adeptos… trataram-me muito bem, muitas pessoas do clube, excetuando os de cima», concluiu, manifestando a esperança numa rápida recuperação da equipa.
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