A Premier League prepara-se para uma reunião decisiva em Londres, onde os 20 clubes irão votar uma potencial alteração às regras financeiras que governam a competição.
A incerteza paira sobre o resultado, numa altura em que se discute a substituição das atuais Regras de Lucro e Sustentabilidade (PSR).
Em cima da mesa estão duas propostas principais: o «Rácio de Custo do Plantel» (SCR), um modelo semelhante ao da UEFA, e a controversa «Ancoragem Topo-Base» (TBA), que funcionaria como um teto salarial.
Rácio de Custo do Plantel (SCR)
O modelo SCR permite aos clubes gastar uma percentagem das suas receitas totais com os custos do plantel. E 9 dos 20 clubes já têm de cumprir estas regras devido ao regulamento da UEFA por participarem nas suas competições europeias.
A UEFA permite que os clubes gastem até 70% das suas receitas com o plantel, enquanto a proposta da Premier League para o SCR seria mais generosa, fixando o limite em 85%.
Ancoragem Topo-Base (TBA)
O modelo TBA limitaria os gastos de qualquer clube em salários de jogadores, taxas de transferência e comissões de agentes a um múltiplo de cinco vezes as receitas do último classificado da liga, provenientes de direitos televisivos e prémios monetários.
Esta abordagem imporia um limite máximo de despesa, independentemente das receitas próprias de cada clube.
Nenhum sistema agrada a todos
A votação, que ocorrerá esta semana, decidirá qual o modelo adotado para substituir as atuais regras (modelo PSR), que permitem perdas de até 119 milhões de euros num ciclo de três anos.
Vários dos clubes que não costumam ir às competições europeias só aceitam um modelo hibrído e rejeitam o modelo SCR. Esta posição foi reforçada pela preocupação com as receitas adicionais que os clubes de topo irão receber com a expansão das competições europeias e do Mundial de Clubes.
Do outro lado, clubes como Manchester United, Manchester City e Aston Villa não querem um modelo TBA com medo de perder força perante os gigantes europeus não ingleses.
PFA contra modelo TBA
A Associação de Futebolistas Profissionais (PFA) também entrou na discussão, manifestando preocupação com o impacto que o modelo TBA poderia ter nos contratos dos jogadores.
O sindicato dos jogadores opõe-se ao modelo TBA e já contratou o advogado Nick de Marco, preparando-se para uma possível ação judicial.
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