A lesão sofrida por Dodi Lukebakio ao serviço da seleção da Bélgica obriga a uma paragem de cerca de três meses e à procura de novas soluções para as alas ofensivas do Benfica dentro de portas, pelo menos a curto prazo.

Andreas Schjelderup é o único extremo de origem disponível no plantel, mas Prestianni, à esquerda, e João Rego, à direita, médios-ofensivos de raiz, já foram testados por Mourinho nas alas, assim como Ivan Lima. O internacional sub-20 por Portugal foi o primeiro produto do Benfica Campus lançado por José Mourinho, em concreto na Taça de Portugal, em Chaves, a 17 de outubro. O extremo de 20 anos pode somar novamente minutos na prova-rainha, desta feita no Restelo, diante do Atlético, enquanto outras promessas sonham com oportunidades.

Rodrigo Rêgo tem sido praticamente indiscutível na equipa B, quer como extremo-direito, no início da época, quer agora como ala na esquerda, com tarefas mais vincadas defensivamente, no 3x5x2 apresentado pela turma de Nélson Veríssimo nas últimas quatro jornadas da Liga 2. As quatro contribuições para golo traduzem as valências de um atleta com conforto suficiente para jogar nos dois corredores, tal como Eduardo Fernandes.

Rodrigo Rêgo na Premier League International Cup – Foto: IMAGO

O extremo de 18 anos tem sido uma das figuras das águias na UEFA Youth League, tendo rubricado um hat trick na goleada aplicada ao Newcastle (5-1), a 21 de outubro. O apreciador das qualidades de Rafa diferencia-se pela qualidade na tomada de decisão e pela agilidade em situações de 1 vs 1.

No corredor oposto, Olivio Tomé pode oferecer mais verticalidade a uma posição pautada pela atração de Prestianni pelo meio e de Schjelderup pela criação com a bola colada ao pé. O extremo de 19 anos destacou-se esta época com um bis no empate do Benfica B contra o Torrense (3-3), a 27 de setembro. José Mourinho estava nas bancadas do Benfica Campus.

Olívio Tomé, 19 anos – Foto: IMAGO

O técnico do Benfica pode ainda apostar em criativos de origem, mas com aptidão e experiência nos corredores laterais, nomeadamente na ala direita. Gonçalo Moreira, o «fraquinho» de Mourinho, foi continuamente utilizado nos sub-23 a partir da direita, nas duas últimas temporadas.

A capacidade de desmontar blocos baixos com passes de rutura ou a meia-distância são argumentos de Gonçalo Moreira que podem convencer o técnico de 62 anos a convocá-lo pela segunda vez esta temporada, depois de se ter sentado no banco de suplentes na receção ao Gil Vicente, a 26 de setembro.

Federico Coletta também pode abandonar o meio, onde cunhou estatuto ao serviço da Roma, e pisar terrenos exteriores. O internacional pelas seleções jovens italianas já foi opção inicial à direita pelos encarnados na UEFA Youth League e nos sub-23.

Federico Coletta festeja golo marcado ao Estoril na Liga Revelação — Foto: SL Benfica

Federico Coletta festeja golo marcado ao Estoril na Liga Revelação — Foto: SL Benfica

Em sentido contrário, Tiago Freitas tem pisado terrenos mais centrais na prova milionária de juniores, mas já ocupou a posição de médio interior direito, ao serviço da equipa B. O jovem de 19 anos, por outro lado, já foi chamado aos treinos da equipa principal por Mourinho, durante a pausa para seleções.

Tiago Freitas, 19 anos -Foto: Imago