A selecção sub-17 de Portugal garantiu esta sexta-feira, no Qatar, a presença nas meias-finais do Campeonato do Mundo da categoria ao bater a Suíça por 2-0, com golos de Mateus Mide (41′) e José Neto (53′).

Depois de 1989, quando perdeu com a Escócia, a selecção chega de novo às meias-finais de um Mundial da categoria.

Os campeões europeus tiveram de aguardar cerca de uma hora pelo desfecho do Marrocos-Brasil (1-2) para conhecer o adversário das meias-finais, compromisso agendado para segunda-feira, dia 24 (14h), com a selecção “canarinha”, que cumpriu o centésimo jogo na competição e só carimbou a passagem com um golo aos 90+5′.

Marrocos, adversário goleado por Portugal (6-0) na fase de grupos, ficou pelo caminho.

Portugal precisou de 21 minutos para conseguir dominar a Suíça, selecção que durante esse período conseguiu criar duas oportunidades de golo, ameaçando condicionar a dinâmica dos portugueses.

Desfeita a relação de equilíbrio que caracterizou o início do encontro – e em que Portugal também poderia ter mexido com o marcador um par de vezes -, a equipa de Bino Maçães assumiu o controlo, tornando-se numa ameaça constante.


De resto, só por mera infelicidade de Mateus Mide e Stevan Manuel é que Portugal não construiu uma vantagem sólida ainda antes do intervalo.

Descanso que chegou pouco depois de Mide (41′) ter desbloqueado o jogo num ataque à profundidade bem explorado por Anísio Cabral e aproveitado pelo criativo portista para colocar Portugal no comando.

Em desvantagem, a Suíça – selecção que em 2009 foi campeã do Mundo com um golo de Haris Seferovic, na final com a Nigéria – nunca mais encontrou espaço para contrariar a superioridade lusa, reforçada pelo golo de José Neto (53′), num remate fulminante que ajudou a dissipar dúvidas.

Os helvéticos ainda tentaram reentrar na discussão do jogo, com Mijailovic, o melhor da Suíça, a criar alguns problemas à entrada dos 20 minutos finais, fase em que Portugal operou algumas substituições para proteger jogadores em risco de exclusão, permitindo uma reacção do adversário.

A Suíça tentou de bola parada e, em desespero, pediu a revisão de um lance na área, na esperança de ganhar um penálti inexistente, confirmado pelo suporte de vídeo e pela equipa de arbitragem, que, dessa forma, pôs um ponto final nas aspirações suíças.