Segundo o comediante, foi a esposa que lhe deu a notícia do novo apelo de Trump na manhã de quinta-feira. “Acordei esta manhã, estava na cama, a minha mulher saiu da casa de banho com o telemóvel na mão. Ela disse: ‘Hum, o Trump escreveu novamente que devias ser despedido.’ Eu fiquei tipo, ‘Ah’, e desci e fiz bagels para as crianças”, contou no programa dessa noite, segundo o jornal britânico “The Guardian”.

Em setembro, o programa de televisão noturno “Jimmy Kimmel Live” foi brevemente suspenso pela ABC sob pressão de duas das maiores afiliadas da emissora, a Nexstar e a Sinclair, além de Brendan Carr, presidente da Comissão Federal de Comunicações (FCC) escolhido a dedo por Trump, devido a comentários que Kimmel havia feito sobre o assassinato do ativista Charlie Kirk dias antes. A suspensão foi levantada na semana seguinte.

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No programa de quinta-feira à noite, o comediante criticou a nova tentativa de Trump. “Você já fez isso antes. Tentou demitir-me em setembro. Não funcionou. Senhor presidente, admiro a sua tenacidade”, disse Kimmel. “Já perdi a conta de quantas vezes o presidente exigiu que eu fosse afastado do ar. A cada cinco semanas, ele passa-se e quer que eu seja despedido. Se alguém recebesse tantas ameaças de um vizinho, não teria problema nenhum em conseguir uma ordem de restrição. O juiz diria: ‘É, parece que o homem é maluco’. Pronto. É perturbador”.

Kimmel referiu ainda que ficaria feliz em deixar o cargo se Trump também estivesse disposto a renunciar: “Vamos partir juntos rumo ao pôr do sol”, afirmou, acrescentando “Quieto, porquinho”, referindo-se a um comentário que Trump fez a uma jornalista da “Bloomberg News”, quando esta o questionou sobre o caso Epstein.