Nova vida para Daniel Bragança. Mais uma. O médio dos leões, de 26 anos, está perto do regresso aos treinos após um longo calvário provocado por mais uma lesão grave no joelho esquerdo. Uma longa ausência que não retirou ambição ao centrocampista que nesta sexta-feira, no programa Jogo a Jogo da Sport TV, voltou a sorrir sabendo que o regresso já esteve muito mais distante. Daniel Bragança começou por falar daqueles instantes a seguir à lesão, a 15 de fevereiro do ano passado, diante do Arouca em Alvalade.
«Logo no momento caí no chão sabia o que vinha aí. Depois veio o doutor, toda aquela incerteza, a dizer outra vez não, mas o barulho que ouvi tinha 99 por cento de certeza que de que iria passar novamente por uma lesão destas», começou por dizer, lembrando o período complicado:

Daniel Bragança falou dos momentos complicados que passou após a lesão
«É uma luta diária, física e psicológica, sobretudo psicológica. Consigo ver agora a luz ao fundo do túnel, felizmente. Sofri muito, fui abaixo, não aceitei logo o que tinha acontecido, por muito que os familiares tentassem animar… nada podiam dizer para que o sofrimento acabasse. Demorei muito tempo a aceitar. Aquele início, a andar de muletas, não poder ser independente no meu dia a dia, são coisas de que não quero voltar a passar. O meu mindset estava errado e não consegui ganhar aquela luta. Mas pensei que uma vez que já me tinha privado de tanto ao longo da minha adolescência, não podia ir abaixo.»
Daniel Bragança começa agora a olhar para o futuro. Com esperança em recuperar o tempo perdido. «Tenho orgulho pela resiliência que tive. Consegui evoluir muito, sinto que estou bem, pelo acompanhamento que tenho tido, e estou hoje a ver luz ao fundo do túnel. Ser reforço de inverno? Vamos ver. Reforço quero ser. Agora de inverno depende do timing. Vamos ver», disse.
O médio leonino lembrou, também, o tempo que passou com Nuno Santos. «A verdade é que passamos muito tempo juntos, no médico e ginásio, olhamos para o lado e vemos o Nuno Santos… ajuda sempre. Mas o grupo ajudou muito. Mas o que custa mais estar de fora é nos momentos complicados. Porque sentes que devias estar ali com os jogadores, a ajudar na adversidade. O jogo na Luz, na época passada, foi duro ficar de fora, o jogo do título com o V. Guimarães… mas enfim, não podemos fazer nada», lamentou.
Siga o perfil de A BOLA no Google