Foto: Ahmet Kayserili por Pixabay
Uma dúvida comum nos últimos anos é: o que é NPU e para que ela serve? De modo resumido, trata-se de um núcleo de processamento com foco na otimização do uso de Inteligência Artificial (IA). Hoje, qualquer carro autônomo utiliza processadores NPU, assim como modelos convencionais.
No PC, a NPU tem uso mais constante. Por exemplo, quando melhorar imagem de forma automática, o seu processador utiliza a NPU para fazer as mudanças necessárias mais rapidamente. Em um dispositivo sem NPU, o processo ainda acontece, mas demora consideravelmente mais.
Nos veículos, a NPU tem dado os seus primeiros passos nos automóveis convencionais à medida que cresce o uso de IA. Contudo, por se tratar de uma novidade, há um custo elevado por esta tecnologia, que se reflete nos preços mais acentuados de carros e motos com tecnologia de ponta.
O que é NPU e para que ela serve?
A NPU é uma sigla para Neural Processing Unit (Unidade de Processamento Neural, em tradução livre). Essa tecnologia funciona de forma semelhante aos processadores tradicionais, as CPUs. Tanto que muitas CPUs têm capacidade de NPUs em paralelo à eficiência de processamento central.
Essa ferramenta é focada em otimizar o uso de inteligência artificial, seja na parte de eficiência energética ou de processamento mais rápido. Em carros e motos, a IA pode aumentar segurança no trânsito, checando de forma automática os níveis de cansaço e atenção do condutor.
Porém, isso demanda um custo: a NPU mais recente possível. Por consequência, isso aumenta o custo de veículos, especialmente os modelos topo de linha.
A NPU é responsável pelo que nos veículos?
A NPU está presente nos veículos mais modernos e topo de linha. Hoje, praticamente todo veículo que utiliza IA tem unidades de processamento neurais, a fim de melhorar a eficiência do automóvel. Nos carros e motos, a NPU é aplicada nas seguintes funções:
- Interpretar dados de sensores (como câmeras, radares e LIDAR);
- Executar sistemas de assistência ao motorista (ADAS);
- Tomar decisões em tempo real em veículos autônomos;
- Melhorar comandos por voz e interfaces inteligentes no carro;
- Otimizar consumo de energia com base em comportamento do condutor.
Apesar da importância, a venda de processadores de IA para certas montadoras, como a chinesa BYD, sofre com tarifas ou restrições econômicas. Isso acontece por causa da dependência de processadores com NPUs para treinar plataformas de IAs.
Um dos melhores exemplos de IA nos veículos recentes é a presença de assistentes virtuais. Siri, Alexa e MBUX são exemplos de integrações otimizadas graças à NPU. Na prática, eles respondem comando por voz e têm conectividade avançada baseada em conexão 5G ou até 6G (restrito ao exterior).
Os veículos com NPU são mais caros por causa da alta procura por processadores de processadores neurais. Hoje, a Nvidia, Qualcomm e Huawei são responsáveis por abastecer toda a indústria de semicondutores para treinamento de IA. Então, a quantidade de processadores fica comprometida.
Entre alguns motivos estão:
- Hardware mais sofisticado;
- Software complexo e caro de manter;
- Infraestrutura e conectividade;
- Aumento de custo em veículos de entrada;
- Dependência de semicondutores avançados.
Por isso, apenas os carros e motos topo de linha têm certas funções e integrações. Inclusive, justamente esse custo elevado inviabiliza que os carros autônomos sejam disponibilizados em larga escala.