
O colesterol alto é um daqueles problemas de saúde que costumam agir de forma silenciosa. Ele não causa dor, não apresenta sinais claros e muitas pessoas convivem com níveis perigosos sem imaginar o que está acontecendo. Por trás dessa aparência de normalidade, as artérias podem estar sendo lentamente comprometidas, aumentando o risco de doenças cardíacas.
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Quando as artérias estão saudáveis, permanecem limpas e maleáveis, permitindo que o sangue circule com facilidade. Isso se traduz em mais energia no dia a dia, melhor disposição e pressão arterial mais estável. Já quando o colesterol LDL — conhecido como o “ruim” — se eleva, formam-se placas de gordura que se acumulam nas paredes internas dos vasos. Esse processo, chamado aterosclerose, deixa as artérias endurecidas e estreitas, dificultando a passagem do sangue. Com isso, o coração precisa trabalhar mais para empurrar o sangue por esses canais reduzidos.
A maioria das pessoas não sente absolutamente nada nessa fase inicial. Quando os sinais aparecem, geralmente é porque o problema já está avançado. Podem surgir cansaço fácil, falta de ar, tonturas, dor no peito e até sensação de frio nas mãos e nos pés. O risco mais grave ocorre quando uma dessas placas se rompe e bloqueia totalmente uma artéria do coração, podendo provocar um infarto.
Apesar dos riscos, há uma boa notícia: o colesterol alto pode ser controlado e até reduzido com mudanças simples no estilo de vida. Reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados e gorduras saturadas, incluir mais frutas, legumes e fibras na alimentação e praticar exercícios regularmente fazem grande diferença. A atividade física, inclusive, aumenta os níveis de HDL — o colesterol considerado “protetor” — que auxilia na limpeza das artérias.
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É importante lembrar que a única forma de saber como estão os níveis de colesterol é por meio de exame de sangue. Por isso, manter os check-ups em dia e conversar com um profissional de saúde é fundamental. Como reforçam atualizações recentes das diretrizes cardiológicas, identificar e tratar o colesterol alto precocemente pode reduzir significativamente o risco de infarto e outras complicações ao longo da vida.
Cuidar do coração começa com informação e, principalmente, com prevenção. Não espere sentir algo para agir. O silêncio do colesterol alto é justamente o que o torna tão perigoso.
Fontes: American Heart Association (AHA) / Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).
Autor:
Jucelino Medeiros Marques Junior
Mestre em Química Analítica – UFSM
Especialista em Gestão de Processos e Qualidade – Uninter
Especialista em Processos Industriais Estéreis – Centro Universitário Católico Ítalo Brasileiro
Pós-graduando em Farmácia Clínica e Prescrição Farmacêutica – ICQT
Farmacêutico – CRF 16567