Alternativa oral ao Ozempic injetável facilita tratamento. (Foto: Masson via Canva) Fala Ciência
O orforglipron, versão oral do famoso Ozempic, surge como alternativa para pessoas com diabetes tipo 2 que buscam controle de glicose e redução de peso sem recorrer a injeções. Um estudo publicado na revista The Lancet cerca de 1.600 adultos com sobrepeso ou obesidade por 16 meses, avaliando a eficácia e segurança do medicamento em diversas dosagens.
Os participantes receberam doses de 6 mg, 12 mg ou 36 mg de orforglipron, além de acompanhamento com mudanças no estilo de vida, enquanto o grupo placebo seguia apenas orientações de hábitos saudáveis.
Perda de peso significativa com doses mais altas
Os resultados indicam que o orforglipron pode gerar perdas expressivas de peso:
- Placebo: 2,5% do peso corporal
- 6 mg: 5,1% de redução
- 12 mg: 7% de redução
- 36 mg: 9,6% de redução, com alguns pacientes acima de 15%
Além do emagrecimento, o controle da glicemia melhorou em todas as doses testadas, reforçando seu potencial como tratamento para diabetes tipo 2.
Segurança e efeitos colaterais
Estudo de 16 meses mostra perda de até 15% do peso inicial. (Foto: Pexels via Canva) Fala Ciência
O estudo relatou efeitos adversos leves a moderados, semelhantes aos medicamentos da classe GLP-1. Entre os mais comuns estão:
- Náuseas
- Vômitos
- Constipação
- Diarreia
Esses efeitos são geralmente transitórios e não impedem o uso do medicamento, tornando-o uma alternativa segura aos tratamentos injetáveis.
Vantagens de uma versão oral
Diferentemente da semaglutida, que necessita de injeção devido à degradação rápida no estômago, o orforglipron é absorvido pelo trato digestivo, permitindo administração diária em comprimido. Isso elimina a necessidade de armazenamento refrigerado e reduz o desconforto associado às injeções.
Essa característica é especialmente relevante para regiões com dificuldades de infraestrutura e pode facilitar o acesso global ao tratamento.
Aplicações e expectativas futuras
O orforglipron oferece vantagens práticas sem comprometer a eficácia, preenchendo uma lacuna importante no tratamento da obesidade e diabetes tipo 2. Pesquisas futuras deverão comparar diretamente seu desempenho com medicamentos aprovados para emagrecimento.
A expectativa é que o medicamento seja aprovado até 2026, com custo inferior aos injetáveis, ampliando o acesso para pacientes que buscam gestão de peso e glicemia de forma prática.