Bino Maçães e Romário Cunha fizeram, este domingo, a antevisão ao duelo com o Brasil, válido para as meias-finais do Mundial sub-17. Bélgica, México e Suíça foram os adversários que a Seleção Nacional sub-18 deixou para trás nas rondas anteriores. Falta o Brasil para a equipa das Quinas conseguir algo que nunca foi feito na história do futebol português: marcar presença numa final do Mundial sub-17. 

Bino Maçães espera «dificuldades» frente ao Brasil, mas mostrou uma enorme vontade de «fazer história». 

Bino Maçães, selecionador de Portugal no Mundial sub-17, ao Canal 11 - Foto: FPF

Bino Maçães, selecionador de Portugal no Mundial sub-17, ao Canal 11 – Foto: FPF

«Nesta fase do campeonato, esperamos muitas dificuldades, como é lógico. Mas também, acredito que o Brasil pensará o mesmo em relação à nossa equipa, será um jogo difícil, com uma boa equipa, com jogadores potentes, uma equipa que nos criará dificuldades, com alguns pontos que podemos explorar, à semelhança dos outros jogos. Esperamos conseguir recuperar bem os jogadores, pois isso será fundamental, com muitos jogos, um desgaste muito grande, mas se estivermos ao nosso nível, acredito que teremos a possibilidade de fazer história», afirmou, em declarações ao Canal 11. 

O Brasil tem três jogadores suspensos, enquanto Portugal tem a folha limpa.  

«Nesta fase, todos os detalhes contam, quer ao nível do jogo, quer no desempenho dos jogadores. É verdade que o Brasil utilizará jogadores que ainda não jogaram e, eventualmente, também não terão o ritmo que deveriam ter, sendo que devemos aproveitar esse fator. Do nosso lado, estou muito contente pela maturidade e gestão que os jogadores conseguiram ter e fazer contra a Suíça, mesmo estando muito bem em termos defensivos e de agressividade, pois contar com todos será sempre fundamental, pois serão todos precisos», comentou, agradecendo o apoio da comunidade portuguesa presente no Qatar. 

«No estádio tenho tido esse cuidado de agradecer o apoio dos nossos adeptos, mas quero agora agradecer a toda a comunidade portuguesa presente aqui no Catar, porque tem sido muito importante os nossos jogadores não se sentirem sozinhos. É verdade que os pais estão cá, tal como alguns empresários e gente do futebol que nos têm apoiado bastante, mas sem esta comunidade não seria a mesma coisa, pois temos tido a bancada de Portugal sempre cheia e isso é sempre um incentivo enorme», acrescentou ainda. 

O guarda-redes Romário Cunha espera um «jogo difícil» e assume que a equipa está «preparada». 

Romário Cunha em declarações ao Canal 11 – Foto: FPF

«Sabemos que teremos um desgaste extra, estamos prontos para o que vier e, acima de tudo, o mais importante é a equipa estar forte, unida e prometemos estar a esse nível», apontou, lembrando que o Brasil venceu nos 16 avos de final e nos oitavos através da decisão dos penáltis. 

«Nós preparamos todos os jogos para esse ponto, para a minha posição isso ainda é mais importante, mas fazemo-lo sempre, sabemos que o Brasil já decidiu dois jogos através das grandes penalidades, vamos preparar claramente esse ponto, mas acho que não será preciso, porque a equipa está forte e não vai chegar a esse momento», atirou. 

«Acima de tudo, foi a nossa consistência ao longo dos jogos desde que esta geração começou a ficar mais unida, os resultados foram evidentes, o que corresponde à quantidade de vezes que a nossa baliza fica a zeros e acho que isso é muito importante, para depois num Campeonato do Mundo dar uma força extra à equipa e é algo que nos pode motivar a todos. Manter a baliza a zeros? Estou sempre preparado para isso, para ajudar a minha equipa ao máximo e é isso que eu tenho tentado fazer no Campeonato do Mundo», completou. 

O encontro entre Portugal e Brasil está agendado para as 16 horas de segunda-feira em Portugal Continental. A outra meia-final será discutida entre Áustria e Itália. 

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