Ainda antes de começar a semana de preparação para o jogo do Benfica frente ao Ajax, decisivo para o sonho do apuramento para a próxima fase, e Rodrigo Rêgo já ouvia José Mourinho anunciar ao mundo que, dê por onde der, vai levar o miúdo a Amesterdão.

Afinal, o técnico tinha-o debaixo de olho desde os primeiros dias no Seixal, como admitiu após o encontro com o Atlético.

«O interesse no Rêgo vem desde os meus primeiros dias no Benfica, antes de perceber bem o potencial de cada jovem. Chamou-me logo a atenção pela atitude e pelos dados nos jogos e treinos. Trabalha com intensidades altíssimas e tem capacidade para repetir ações de alta intensidade, e repetir, e repetir, e repetir! Tem muito carácter, pode jogar em sistemas diferentes, tanto na esquerda como na direita. Era um miúdo que tinha a certeza que não me ia defraudar. Não gosto de jogadores que me traiam e sabia que ele não o iria fazer», elogiou.

Nesse sentido, e depois de um jogo em que Rêgo foi dos poucos jogadores que merecerem elogios, o treinador garantiu que já não vai largar o miúdo que fez quase toda a formação no FC Porto e que em 2022 chegou ao Seixal, após uma época no Famalicão.

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«Se ele tivesse idade para jogar na Youth League, deixávamo-lo ir, porque gostamos de fazer bem na competição. Como não tem idade, vai ficar comigo e vai estar disponível para jogar contra o Ajax. Não sei se de início, ou no banco, mas vai connosco», revelou.

Mourinho não teve problema em anunciar a convocatória de Rêgo para a Champions porque sabe que isso não vai mexer com a cabeça do extremo de 20 anos. Afinal, já o fizera, ainda que pessoalmente, sobre a titularidade frente ao Atlético, que lhe comunicou a meio da semana, sem que isso afetasse o rendimento nos treinos ou no jogo.

E depois de passar as primeiras horas do dia, ontem, no treino com o pai futebolístico, José Mourinho, que o fez estrear pela equipa principal do Benfica e que já avisou que não o vai largar da mão, Rodrigo Rêgo abrigou-se junto da família.

O dia seguinte ao da estreia foi vivido como tantos outros desde que chegou ao Seixal, aos 18 anos: junto dos pais, que viajaram de Aveiro, onde residem, para passar o dia com o filho.

Para lá de uma publicação nas redes sociais e partilha de algumas stories de amigos que mostraram orgulho pela estreia do camisola 67, Rodrigo Rêgo apostou na habitual vitamina F e foi com a família que quis viver o dia do pós-sonho.

Porque se tudo correr bem, o sonho está apenas a começar.