Prova rainha. É também pode este desígnio que é conhecida a Taça de Portugal. Trata-se de um troféu acarinhado por todos e que projeta, muitas vezes, clubes de escalões inferiores para patamares de notoriedade absoluta. E se a prova é rainha… o Caldas tem bilhete. E com selo de oitavos de final.

A diferença competitiva entre um emblema da Liga 3 e outro do principal escalão pouco ou nada se notou e o emblema do Oeste foi à Beira Alta eliminar o Tondela.

O encontro, que marcou a estreia de Cristiano Bacci no comando técnico dos auriverdes, foi muito nivelado por baixo no que ao espetáculo diz respeito, sendo que quando os artistas conseguiram criar algum perigo, lá estavam Lucas Cañizares, de um lado, e Duarte Almeida, do outro.

Zé Gata (10′) e Ricardo Alexandre (42′) colocaram à prova o guarda-redes dos visitados, Pedro Maranhão (17′) e Rony Lopes (44′) testaram a atenção do dono da baliza dos forasteiros.

Na etapa complementar, os caldenses deram um pouco de si no que concerne ao aspeto físico e os tondelenses assumiram maior protagonismo ofensivo, puxando dos galões de equipa teoricamente favorita. Mas a inspiração atacante não estava, de todo, pintada de verde e amarelo e as (poucas) chegadas a zonas de finalização acabaram por nunca ter o sucesso desejado por Pedro Maranhão (principalmente) e companhia.

O conjunto orientado por José Vala soube sofrer quando era preciso, mantendo uma organização defensiva que deve ser enaltecida, e tentou, sempre que possível, explorar as transições. Ao cair do pano do tempo regulamentar, e na sequência de um livre cobrado por Pepo, Lucas Cañizares, dentro da pequena área, soltou uma bola que parecia segura e gerou-se a confusão, com o golo a ficar perto de aparecer. Mas o lance acabou interrompido por falta atacante.

A toada caseira manteve-se no prolongamento, com o Tondela a procurar fazer o que não tinha feito, mas nem a meia hora adicional foi boa conselheira. Jordan Pefok ainda introduziu a bola na baliza, mas o tento foi invalidado por (suposto) fora de jogo de Tiago Manso, que havia cruzado do lado direito.

Duarte Almeida (19 anos) segurou o nulo e nos penáltis tocou o céu, ao travar o remate de Yarlen, o único a desperdiçar dos 11 metros.

A festa a preto e branco foi (compreensivelmente) rija e o Caldas fez guarda de honra à Rainha.

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