Conseguiram fugir pelo menos 50 das mais de 300 crianças que foram raptadas de uma escola católica nigeriana na passada sexta-feira, informou este domingo, 23 de Novembro, a Associação Cristã da Nigéria (CAN, na sigla em inglês).

Os alunos escaparam entre sexta-feira e sábado e já regressaram às suas famílias, adiantou o presidente da CAN, o bispo Bulus Yohanna, em comunicado. Ainda não foram divulgados mais detalhes.

Acredita-se que continuem sequestradas 253 crianças, bem como 12 professores e funcionários da Escola de Santa Maria, no estado de Níger, acrescentou Yohanna, que também é dono desta escola.

Amose Ibrahim, pai de três das crianças raptadas, foi um dos familiares a dirigir-se à escola após saber que algumas dezenas tinham fugido. “Infelizmente, eles não estão entre os que escaparam”, disse, em declarações à agência Reuters.

Os raptos de sexta-feira foram o mais recente de uma série de ataques a escolas na última semana, que forçaram o Governo a fechar 47 estabelecimentos de ensino. O governo do estado de Níger afirma que esta escola ignorou a instrução para o encerramento de colégios devido à alta probabilidade de ataques.

A 17 de Novembro foram raptadas outras 25 alunas de um colégio interno no estado de Kebbi (no Noroeste do país, de maioria muçulmana). No estado de Kwara (Centro-Oeste), duas pessoas foram mortas e 38 fiéis foram levados por homens armados num ataque que interrompeu uma celebração da Igreja Apostólica de Cristo. O grupo de fiéis foi libertado este domingo.

Já neste domingo, o Papa Leão XIV manifestou o seu “profundo pesar” e apelou à libertação imediata das crianças e funcionários sequestrados.

“Faço um apelo sincero para que os reféns sejam imediatamente libertados e exorto as autoridades competentes a tomarem decisões adequadas e oportunas para garantir a sua libertação”, disse o Leão XIV no final da missa celebrada na Praça de São Pedro, no Vaticano.