Donald Trump garante que “não estava a ameaçar de morte” os democratas que divulgaram um vídeo a incentivar os militares a recusarem-se a cumprir ordens ilegais. O Presidente norte-americano tentou esclarecer, em declarações à “Fox News”, o que quis dizer quando, nas redes sociais, acusou aqueles seis democratas de “comportamento sedicioso, punível com a morte”.

“Não estou a ameaçar de morte, mas acho que estão em sérios apuros. Se analisar a sedição, é uma forma, uma forma muito grave de traição. É uma coisa terrível de se dizer, devo garantir-lhe.” Além de fazer estas declarações, Trump sugeriu que o ministro da Defesa dos EUA e o vice-procurador-geral estavam a investigar o assunto.

Os seis democratas, que têm experiência militar ou nas secretas, consideraram que os comentários de Trump equivaliam a ameaças. “PRENDAM-NOS???”, tinha perguntado o chefe de Estado norte-americano, numa publicação na sua plataforma de redes sociais, Truth Social, na quinta-feira. Depois, partilhou a publicação de outra pessoa, que dizia: “ENFORCEM-NOS, GEORGE WASHINGTON FARIA ISSO!!” Também os definiu como “traidores”, referindo que era necessário aplicar-lhes um castigo exemplar.

O vídeo dos democratas foi partilhado pela senadora do Michigan, Elissa Slotkin, e mostrava o senador Mark Kelly e os deputados Chris DeLuzio, Maggie Goodlander, Chrissy Houlahan e Jason Crow. Mark Kelly, que serviu na Marinha e é ex-astronauta, afirmava, neste vídeo: “As nossas leis são claras. Pode recusar-se a cumprir ordens ilegais. Este governo está a colocar os nossos militares e profissionais dos serviços de informações fardados contra os cidadãos norte-americanos. Tal como nós, vocês juraram proteger e defender esta Constituição. Neste momento, as ameaças à nossa Constituição não vêm apenas do estrangeiro, mas daqui mesmo, de casa.”

SubscreverJá é Subscritor?Faça login e continue a lerInserir CódigoComprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler