A mostra reúne cerca de 60 obras — pinturas, gravuras e documentos raros — e destaca um Segall que se movimenta entre mundos, mas mantém um olhar constante para as experiências humanas. Entre os trabalhos de maior peso está ‘Eternos caminhantes’ (1919), do período alemão, confiscada pelos nazistas em 1937. O percurso conecta esse momento expressionista ao que o artista desenvolveu depois no Brasil, com novas paisagens e novas luzes.
A curadora Patrícia Wagner explica o nome e o sentido da exposição: “A lua, como uma imagem que atravessa tempos, lugares e paisagens, é o fio que perpassa a mostra. Um fio que atravessa a noite de Vilnius, os ateliês de Dresden, as paisagens de Campos do Jordão, e que reverbera na história simples e poderosa que Vinicius de Moraes ouviu Rubem Braga contar — quando, diante da lua, Segall teria dito: ‘Essa velha lua, amigo, sempre a mesma…’”.
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