A Microsoft continua a sua missão de transformar o Windows 11 num verdadeiro sistema operativo impulsionado por Inteligência Artificial, onde agentes digitais executam tarefas pelo utilizador. Recentemente, a empresa deu um passo significativo nessa direção, introduzindo funcionalidades que aproximam a interação com o PC daquela que temos com colunas inteligentes ou assistentes virtuais.
O ciclo completo da interação por voz
Uma das novidades centrais desta estratégia é a introdução da palavra de despertar “Hey Copilot”. Esta funcionalidade permite invocar o assistente de IA da Microsoft a qualquer momento, sem a necessidade de tocar no teclado ou no rato, oferecendo uma experiência de utilização mais fluida. Este tipo de interação, que já é a norma em 2025 com assistentes como a Alexa, Google Assistant ou Siri, está agora a ser profundamente integrada no ecossistema Windows.
No entanto, para que a experiência de mãos-livres seja verdadeiramente completa, não basta apenas iniciar a conversa; é preciso saber terminá-la com a mesma facilidade. Reconhecendo esta lacuna, a gigante tecnológica está a trabalhar numa forma natural de encerrar as interações.
Basta dizer “adeus” para desligar
A lógica é simples: se pode chamar a IA com a voz, também deve poder dispensá-la da mesma forma. A Microsoft está a desenvolver uma opção que permite aos utilizadores terminarem uma sessão de voz com o Copilot simplesmente dizendo “adeus”.
Conforme detetado no roteiro do Microsoft 365 pelo Neowin, esta nova funcionalidade de “despedida semântica” visa fechar o ciclo da interação vocal. Isto, combinado com o comando “Hey Copilot”, promete oferecer uma experiência totalmente livre de mãos para quem utiliza o Microsoft 365 Copilot em dispositivos Windows.
A funcionalidade já se encontra disponível em fase de pré-visualização e a expectativa é que comece a ser distribuída de forma mais ampla no próximo mês, embora os calendários de desenvolvimento de software estejam sempre sujeitos a alterações.
Desafios na implementação da IA
Por defeito, o comando de voz inicia um chat com o assistente, mas também pode ser configurado para ativar o modo Copilot Vision, uma funcionalidade que permite à IA “ver” o que está no ecrã e ajudar o utilizador em tempo real. É provável que o comando de despedida funcione de forma semelhante em ambos os cenários.
No entanto, a implementação destas tecnologias não tem estado isenta de percalços. Recentemente, o Copilot Vision esteve no centro das atenções devido a um anúncio publicitário confuso, que entretanto foi removido pela Microsoft. O vídeo mostrava a IA a falhar na tentativa de ajudar um utilizador a alterar uma definição no Windows 11, enquanto o ator fingia que a ferramenta tinha funcionado como previsto. Este tipo de incidente sublinha a necessidade de a Microsoft refinar a experiência do Copilot no Windows 11 antes que os utilizadores se sintam confortáveis a depender inteiramente de comandos de voz como “Hey Copilot” para gerir o seu computador.