AMESTERDÃO — Vangelis Pavlidis, 27 anos, foi o porta-voz da equipa na conferência de Imprensa da véspera do jogo com o Ajax. O avançado grego voltou aos Países Baixos, onde representou Willem II e AZ Alkmaar antes de se transferir para o Benfica, no verão de 2024.

— Há cinco ou seis anos disse a treinador, aqui nos Países Baixos, que se não marcava golos não dormia. Marcar golos é o único objetivo é a única coisa que conta?
— Lembro-me disso, mas agora penso de forma diferente. Já não tenho 20, 21 ou 22 anos, o meu objetivo é ajudar a equipa. Claro que como sou número 9 é importante marcar, mas, para ser honesto, só não durmo bem se não vencer. O mais importante é vencer, ajudar a equipa, com golos, assistências, corridas. E, em resumo, ganhar.

— Teve alguns problemas físicos na seleção. Como está?
— Sinto-me bem. Também disse isso ao treinador ao intervalo do jogo com o Atlético [risos]. Sinto-me bem e estou feliz por estar de volta aqui [aos Países Baixos] para fazer um bom jogo numa noite de Champions League, na Arena [Johan Cruyff], um estádio que conheço muito bem.

— Como reagiram os jogadores à mensagem de Mourinho depois do jogo com o Atlético?
— Em relação ao que o treinador… se viram a nossa primeira parte contra o Atlético, pensariam a mesma coisa. Sabemos que não jogámos bem, que temos de melhorar na Champions e na Liga. Nós, jogadores, temos de mudar muitas coisas e assumir as nossas responsabilidades. Todos — jogadores, treinador, staff e presidente — queremos que os nossos adeptos tenham orgulho. Isso é o mais importante.

— Tem sido decisivo esta época. Sente-se intocável?
— Para ser sincero, não gosto [dessa expressão]. Quero sempre jogar bem, marcar, fazer assistências, ajudar a equipa e ganhar. Quero jogar, claro. É importante para qualquer jogador ser utilizado, sentir-se bem para ter confiança. Não penso em mais nada. Só quero trabalhar e dar o melhor todos os dias

— Quão especial é voltar a um país onde começou a carreira?
— Voltar aqui é muito bonito. Vivi alguns anos a dez minutos daqui, gostei da vida nos Países Baixos, foram cinco anos maravilhosos em Tilburg e em Alkmaar. Estou muito feliz de estar de volta para jogar na Liga dos Campeões contra o Ajax.

— Ajax chega a este jogo nas mesmas condições que o Benfica, com quatro derrotas e zero pontos. Mudou de treinador antes da pausa para as seleções e perderam no sábado. Isso poderá beneficiar o Benfica?
— Estou sempre a pensar mais na minha equipa, no que vamos ou no que estamos a fazer. Vejo os adversário, claro. Vejo a Eredivisie, vi o Ajax e conheço o treinador, porque tive-o durante 2 semanas no Willem II. Sei que é um bom treinador. Eles têm bons jogadores, continuam a ser o Ajax e sei muito bem quão difícil é jogar contra o Ajax na Arena ou jogar contra o Ajax em geral. Não me lembro de uma única vez em que tenha sido muito fácil ganhar ao Ajax. Acho que vai ser um jogo difícil outra vez para nós e vai ser muito difícil jogar [contra eles].