Os três vereadores do movimento Amar e Servir Braga (ASB) anunciaram hoje que já não estão disponíveis para aceitar pelouros, considerando que o prazo para o efeito “está esgotado”.
No final da reunião do executivo, e em declarações aos jornalistas, o líder daquele movimento, Ricardo Silva, sublinhou que o papel dos três vereadores será fazer oposição e fiscalização.
“Já não estamos disponíveis para negociações para pelouros. O prazo está esgotado”, referiu.
Na resposta, em declarações aos jornalistas, o presidente da Câmara foi parco em palavras.
”Pronto. Fiquei a saber pela comunicação social”, referiu.
Numa primeira ronda de negociações, o presidente da Câmara terá manifestado disponibilidade para atribuir pelouros a um ou dois vereadores do ASB, algo que o movimento não aceitou, contrapondo que “ou os três, ou nenhum”.
Nas eleições de 12 de outubro, a coligação Juntos por Braga (PSD/CDS-PP/PPM), liderada por João Rodrigues, elegeu três elementos para o executivo, os mesmos que a coligação Somos Braga (PS/PAN) e o ASB.
Chega e Iniciativa Liberal elegeram um vereador cada.
Entretanto, a vereadora Catarina Miranda, eleita pelo PS/PAN, aceitou pelouros e afastou-se daquela coligação, assumindo o estatuto de independente.
Para o vereador da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, o PS no executivo está “decapitado”, face à renúncia do número um, António Braga, e à dissidência da número dois, Catarina Miranda.
Além disso, acrescentou Rui Rocha, o vereador do Chega, Filipe Aguiar, “está disponível para viabilizar” as decisões da maioria.
“PS e Chega não estão propriamente a fazer oposição”, referiu, garantindo que a IL, essa sim, fará “oposição leal e rigorosa”.
Pedro Sousa, do PS, voltou a criticar a dissidência de Catarina Miranda, sublinhado que o partido “não sai diminuído” com essa situação.
“Quem se diminui é quem não preserva a nobreza do caminho, é quem entende que a participação numa eleição desta natureza e a eleição para um mandato que nos foi dado para oposição e escrutínio pode ser travestido para passar a um mandato de poder”, referiu.
Assegurou que o PS vai continuar a fazer um trabalho exigente de oposição.