A cerimónia militar das Forças Armadas que celebra os 50 anos do 25 de Novembro, realizada na manhã desta terça-feira entre as 9h00 e as 10h00 na Praça do Comércio, em Lisboa, contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que presidiu ao momento solene, com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e vários ministros e deputados de diversas forças políticas. Do campo político à esquerda, apenas o Partido Socialista marcou presença.
Após a chegada do Presidência da República, ouviu-se o hino ao som das salvas de artilharia lançadas do navio que se estava ao largo do Terreiro do Paço. Durante o seu discurso, Marcelo Rebelo de Sousa recordou Ramalho Eanes como o “Capitão de Abril de 1974” e sublinhou que sem 25 de Abril “não teria havido novembro de 1975”, que sem 25 de Novembro “não teria havido a Constituição de 1976” e que sem 1976, já com Eanes como Presidente, não teria havido a “transição da legitimidade revolucionária para a democrática, representativa e eleitoral”.
Foi integrado um minuto de silêncio na cerimónia, momento simbólico que antecedeu o sobrevoo de quatro aeronaves da Força Aérea Portuguesa sobre a Praça do Comércio. O desfile militar contou com a passagem de chaimites usadas na Guerra Colonial, no 25 de Abril e no 25 de Novembro.
O Parlamento assinala, também, o cinquentenário do 25 de Novembro, numa sessão solene idêntica à dos 50 anos do 25 de Abril e que tem início às 11h — uma das diferenças é que no hemiciclo, em vez de cravos vermelhos, houve rosas brancas.