Chance de colisão aumenta durante o inverno, segundo pesquisadores Reprodução/Instagram/@Nasa
Um estudo publicado no arXiv analisou quais regiões do planeta têm maior chance de serem atingidas por um meteoro. Cientistas consideraram trajetórias simuladas de objetos interestelares e descobriram que eles tendem a colidir perto do Equador, especialmente durante o inverno.
Esse padrão tem relação com o movimento da Terra em sua órbita e com a direção para onde o Sol se desloca na Via Láctea. No entanto, os pesquisadores esclareceram que a chance de um meteoro colidir com o planeta é “extremamente baixa”.
O estudo mostrou que objetos interestelares que transitam com lentidão são os mais perigosos. Isso porque velocidades menores fazem com que a gravidade do Sol consiga puxá-los para dentro do Sistema Solar, aumentando a chance de cruzarem o caminho da Terra. Já os objetos rápidos, como muitos que já foram observados, não oferecem tanto perigo.
Cientistas perceberam ainda um padrão sazonal. Durante o inverno, quando a Terra se posiciona de forma oposta ao movimento do Sol pela Via Láctea, a chance de colisão aumenta.
“Os impactos de maior velocidade têm mais chance de ocorrer na primavera, quando a Terra se move em direção ao ápice solar. No entanto, impactos em geral são mais prováveis no inverno, quando a Terra está posicionada na direção do antápice. Objetos interestelares também têm maior probabilidade de atingir a Terra em baixas latitudes próximas ao Equador, com leve predominância no Hemisfério Norte devido à localização do ápice. Essas distribuições são independentes da densidade numérica assumida de objetos interestelares, de seus albedos ou da distribuição de frequência de tamanhos — e estão disponíveis publicamente”, explica a pesquisa.
Astrônomos têm estudado cada vez mais objetos vindos de fora do Sistema Solar, como o 3I/Atlas, que ganhou atenção mundial. As descobertas mostram que corpos interestelares podem atravessar a Via Láctea com mais frequência do que se imagina. Embora a maioria apenas passe reto, alguns deles podem ser perigosos, de acordo com o estudo.
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