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Com Ads Advisor e Analytics Advisor, gigante da tecnologia aposta na inteligência artificial para facilitar a vida de anunciantes e analistas, otimizando campanhas com insights conversacionais e ações automatizadas
O Google acaba de dar um passo decisivo para integrar inteligência artificial ao dia a dia de anunciantes e analistas de dados. A empresa anunciou o lançamento de duas novas ferramentas baseadas no seu modelo de IA generativa Gemini: o Ads Advisor e o Analytics Advisor. Os recursos funcionam como verdadeiros assistentes virtuais embutidos nas plataformas Google Ads e Google Analytics, com objetivo claro: tornar a gestão de campanhas e o entendimento dos dados mais rápidos, práticos e eficientes.
No Ads Advisor, os profissionais de marketing podem fazer perguntas diretas sobre suas campanhas, como por exemplo, “Como melhorar meu desempenho nesta semana?” ou “Quais palavras-chave estou perdendo?” e receber respostas personalizadas, com recomendações que vão desde ajustes em campanhas do tipo Performance Max até sugestões de criativos e extensões. A ferramenta também é capaz de identificar quedas de desempenho, diagnosticar causas e, com autorização do usuário, aplicar automaticamente certas correções.
Já o Analytics Advisor transforma a plataforma de dados em uma conversa intuitiva. O usuário pode perguntar, por exemplo, “Por que os acessos ao meu site aumentaram ontem?” e receber uma análise visual com fatores que influenciaram esse pico. Além disso, o assistente oferece insights acionáveis, como sugestões de otimização para páginas com alta taxa de rejeição ou caminhos para aumentar a conversão de usuários recorrentes.
Essas inovações chegam num momento em que o mercado digital está cada vez mais complexo e veloz. Entre múltiplos canais, sazonalidades e exigência de resultados em tempo real, a promessa do Google é aliviar a sobrecarga dos profissionais, oferecendo um copiloto inteligente para a tomada de decisão. Segundo a empresa, os recursos estarão disponíveis inicialmente para usuários em inglês a partir de dezembro, com expansão prevista para outras regiões em breve.
O impacto pode ser significativo, especialmente para pequenas e médias empresas que não contam com grandes equipes de marketing. Com a automação inteligente, esses anunciantes ganham acesso a estratégias que antes exigiam análise manual ou consultorias especializadas. Por outro lado, a novidade levanta questões importantes sobre supervisão humana, privacidade de dados e o papel das agências, que devem evoluir de executoras para estrategistas e curadoras das ações sugeridas por IA.
Enquanto o Brasil aguarda a versão em português, vale às marcas e profissionais locais se prepararem: a IA está deixando de ser tendência e se tornando infraestrutura básica no universo do marketing digital. A era da conversa com os dados, e com os algoritmos que agem sobre eles, já começou.
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