Ao longo das últimas décadas, David Gilmour se consolidou como um dos guitarristas mais reconhecíveis do rock. Seu estilo contemplativo, emocional e técnico ajudou a definir a identidade sonora do Pink Floyd, sobretudo após a saída de Syd Barrett. Mas, quando o assunto é influência e admiração, Gilmour nunca escondeu quem ocupa o topo da lista em sua opinião: Jeff Beck.
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Foto: Kevin Westenbergr
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“Provavelmente a pessoa que mais admirei de forma consistente como guitarrista”, disse Gilmour, em entrevista de 2022. As entrevistas foram compiladas pela Far Out. “Um cara adorável.” A reverência não é recente. Já em 1990, em entrevista ao The Observer, Gilmour dizia que Beck era “o guitarrista mais brilhante e constante dos últimos 25 anos”. Também em um documentário sobre a carreira de Beck, Gilmour foi enfático ao classificá-lo como “um guitarrista fora da curva, que não gosta de se repetir e assume riscos o tempo todo”.
O encontro entre os dois, ainda que tardiamente, aconteceu no palco. Em 2009, Gilmour foi convidado por Beck a participar de uma apresentação no Royal Albert Hall. A performance selou um reconhecimento mútuo que vinha se desenhando havia décadas.
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Apesar disso, o vínculo entre Beck e o universo do Pink Floyd poderia ter sido ainda mais profundo. Em entrevista à revista Guitarist francesa, publicada em 2002, Gilmour revelou que, antes mesmo de ser chamado para integrar a banda, os integrantes do Pink Floyd cogitaram recrutar Jeff Beck para o posto de guitarrista. “Eles sempre disseram que adorariam tê-lo na banda. Ele é um guitarrista incrível”, contou. “Mas não sei se ele seria perfeito para o trabalho. A história teria sido bem diferente.”
Depois da saída de Syd Barrett, o Pink Floyd não sabia ao certo como seria seu futuro. Gilmour entrou como uma espécie de “seguro” para suprir a ausência crescente de Barrett, mas rapidamente assumiu papel central na formação. Embora Beck fosse tecnicamente brilhante, Gilmour sugere que a química com o restante da banda talvez não tivesse sido a mesma.
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