Samsung TV QLED

 

Entrar numa loja de tecnologia para comprar um televisor tornou-se um campo minado de siglas. De todas, a mais confusa é, sem dúvida, “QLED”. O consumidor é levado a crer que qualquer TV com este rótulo oferece o pináculo da cor e brilho. Mas a verdade é que o mercado está inundado de imitações — televisores que usam a sigla “QLED” como pouco mais que um autocolante de marketing. 

Depois, há a tecnologia autêntica.

 

Não é por acaso que a Samsung lidera o mercado global de televisores há 19 anos consecutivos. Este domínio, confirmado pela empresa de pesquisa Omdia , não se baseia em truques de marketing, mas sim numa arquitetura de engenharia específica que lhe valeu a certificação de “Real QLED”.  

 

Enquanto as imitações se ficam por meros filtros de cor , a tecnologia “Real Quantum Dot” da Samsung — validada por entidades internacionais rigorosas como a TÜV Rheinland , a Pantone  e a VDE  — baseia-se na ciência pura. Falamos de nanocristais inorgânicos capazes de produzir cor pura e um brilho que não se degrada com o tempo.  

 

Mas o que é, afinal, esta ciência que o “Fake QLED” não tem?

 O “Q” da questão: O que é realmente um Quantum Dot?

 

Para perceber a diferença, temos de esquecer a publicidade e falar de ciência. Os “Quantum Dots” (Pontos Quânticos) são nanocristais semicondutores incrivelmente pequenos. A sua magia, que lhes valeu reconhecimento ao mais alto nível, incluindo menções em investigações dignas de Prémios Nobel, reside na sua capacidade de converter luz com uma eficiência e precisão espantosas.

 

Quando um ponto quântico é atingido por luz (tipicamente azul), ele absorve essa energia e emite luz numa cor diferente. A beleza disto é que a cor emitida é determinada, pura e simplesmente, pelo tamanho do nanocristal. Isto permite criar “cores mais precisas e vibrantes” e “imagens realistas” de uma forma que os filtros de cor tradicionais dos LCDs não conseguem.

 

Mais importante ainda é a questão da durabilidade. A tecnologia rival, OLED, é conhecida por usar materiais orgânicos. Como qualquer matéria orgânica, esses materiais são “propensos à decomposição (decay) ao longo do tempo”. Essa degradação é a causa principal do infame “burn-in” (ou “desgaste irregular dos píxeis”). Os Quantum Dots, sendo materiais inorgânicos, não sofrem desta degradação. Isto é o que lhes confere um brilho duradouro; a qualidade de imagem vibrante não é apenas para o primeiro dia de utilização, mas sim para a vida útil do televisor.

 

A tecnologia usada pela Samsung utiliza ainda materiais de pontos quânticos certificados como “No-Cadmium”, garantindo televisores mais seguros e livres de substâncias tóxicas.

 

Cuidado com as cópias: A anatomia de um “Fake QLED”

 

Se a ciência acima é o que define um “Real QLED”, o que é, então, o “Fake QLED” que inunda o mercado?

A investigação aponta para uma tática de engenharia e marketing muito comum. Muitos televisores rotulados como “QLED” não usam a tecnologia de conversão de luz de forma dedicada. Em vez disso, usam simplesmente um “Quantum Dot Enhancement Film” (QDEF) — essencialmente um filme ou película com pontos quânticos — colocado à frente de uma retroiluminação (backlight) LED convencional.

 

Usando uma metáfora automóvel, isto é o equivalente a pegar num motor 1.0, colocar-lhe um filtro de ar desportivo e um autocolante “Turbo” na traseira. O carro pode parecer mais rápido no stand, mas o motor e o desempenho fundamental são os mesmos.

 

Algumas estratégias de marketing chegam ao ponto de afirmar que o QLED é “auto-iluminado” (como o OLED), mas isto é errado. Estes televisores dependem totalmente de um backlight LED. A diferença é que o “Fake QLED” usa essa luz para iluminar um filtro QDEF, enquanto o “Real QLED” a usa para excitar ativamente uma camada dedicada de Quantum Dots.

 

 

 

A definição oficial: O que é um “Real Quantum Dot TV”?

 

Se um QDEF é a imitação, qual é o original? A confusão no mercado tornou-se tal que foi necessária uma definição técnica rigorosa para separar o trigo do joio.

Para que um televisor seja classificado como um “Real Quantum Dot TV”, tem de cumprir três condições técnicas específicas :

  1. A presença de uma “QD layer” (Camada de Quantum Dot) – uma camada de hardware dedicada e não apenas um “filme”.
  2. Uma concentração suficiente de pontos quânticos nessa camada.
  3. Um “blue backlight” (retroiluminação azul) específico, otimizado para excitar essa camada.

 

Esta definição foi verificada pela TÜV Rheinland, uma das principais e mais respeitadas entidades internacionais de certificação, sediada na Alemanha.

 

detalhes da tecnologia Quantum Dot TV

 

Após testes rigorosos, a TÜV Rheinland concluiu que os televisores Samsung QLED são os únicos no mundo que cumprem estes três critérios. Como resultado, obtiveram a certificação oficial “Real Quantum Dot Display”. A própria existência desta certificação é a prova definitiva de que o termo “QLED” foi diluído pelo mercado. A TÜV Rheinland não está a atribuir um prémio de “qualidade” subjectivo; está a verificar a arquitectura de engenharia do produto.

 

Isto ajuda a explicar a campanha “Buy Real, Not Fake” (Compre Real, Não Falso) que a Samsung promoveu na IFA 2025. Não se trata apenas de marketing, mas de uma tentativa de reeducar o mercado com base numa certificação técnica alemã.

 

A prova do mercado: 19 anos de liderança não são obra do acaso

 

Esta superioridade tecnológica reflete-se diretamente no domínio do mercado. A Samsung Electronics não é líder global por acidente. A reputada empresa de pesquisa de mercado Omdia confirma que a Samsung garantiu a sua posição como líder global no mercado de TV pelo 19º ano consecutivo (mantendo a posição desde 2006).

Em 2024, a Samsung detinha 28,3% de todo o mercado global de televisores. Mas os números mais reveladores estão nos segmentos que realmente importam: o premium e o de ecrãs grandes.

 

No segmento premium (televisores com preços acima de 2.500 dólares), a Samsung capturou 49,6% da quota de mercado, respondendo por quase metade de todos os televisores topo de gama vendidos no mundo. No segmento dos ecrãs ultra-grandes (75 polegadas ou mais), a empresa lidera com 28,7%.

 

Smart TV da Samsung

 

Mas o dado mais interessante é este: no próprio segmento “QLED”, a Samsung vendeu 8,34 milhões de unidades, detendo 46,8% desse mercado. Isto significa que os restantes 53,2% dos televisores vendidos globalmente sob a etiqueta “QLED” são de outras marcas — marcas essas que, presumivelmente, não possuem a certificação “Real Quantum Dot Display” da TÜV Rheinland. A liderança de 19 anos da Samsung é, portanto, sustentada pelo domínio no segmento premium, onde a tecnologia autêntica é o principal diferenciador.

 

O “Triângulo da Verdade” das certificações internacionais

 

Para um produto “Real QLED”, a validação não se fica pela arquitetura (TÜV Rheinland) ou pelo mercado (Omdia). Existe um “triângulo da verdade” composto por certificações técnicas que validam o desempenho real do ecrã.

 

Primeiro, a cor. A Samsung foi a primeira marca no mundo a receber a cobiçada certificação “Pantone Validated”. Isto não é um mero autocolante. A Pantone, a autoridade mundial em cor, testou rigorosamente os modelos QLED da Samsung (15 modelos 4K e 5 modelos 8K). Confirmou que estes ecrãs conseguem reproduzir com precisão mais de 2.030 cores Pantone PMS e, mais impressionante ainda, 110 tons de pele (“SkinTone”). A validação dos tons de pele é o teste mais difícil para qualquer ecrã e prova que a “cor pura” reivindicada pelos Quantum Dots se traduz em fidelidade e realismo, não apenas na saturação excessiva (como os modos “vívidos” de baixa qualidade).

 

Segundo, o desempenho. O Verband Deutscher Elektrotechniker (VDE), um prestigiado instituto alemão de engenharia elétrica, concedeu aos modelos Samsung Neo QLED e QLED de 2024 certificações “pioneiras na indústria“. A certificação “HDR Brightness Accuracy” (Precisão de Brilho HDR) garante que o televisor reproduz os níveis de brilho HDR (na faixa de 0 a 1.000 nits) da forma como o olho humano os percebe.

 

Talvez a validação mais técnica seja a “True Cinema Black” (Preto de Cinema Verdadeiro). Esta certificação testa o desempenho do local dimming (escurecimento local). A VDE certificou que os televisores conseguem reproduzir pretos profundos nas áreas de letterbox (as barras pretas em filmes) sem qualquer “vazamento de luz” (light blooming). Este é um problema crónico dos ecrãs LCD/LED (incluindo os “Fake QLED” que são apenas filmes QDEF) e esta certificação prova que o sistema de controlo do “Real QLED” é preciso ao ponto de o eliminar.

 

Conclusão: “Buy Real, Not Fake”

 

No final do dia, o termo “QLED” foi dividido em dois. De um lado, temos os “Fake QLEDs”, que são essencialmente ecrãs LCD com um filtro de cor avançado (QDEF). Do outro, temos o “Real QLED”, uma arquitetura de engenharia específica que usa uma camada dedicada de Quantum Dots e um backlight azul otimizado.

A diferença não é uma opinião de marketing; é um facto científico. A tecnologia “Real QLED” da Samsung é a única no mundo certificada como tal pela TÜV Rheinland.

 

O seu desempenho não é uma promessa, é validado internacionalmente: a sua precisão de cor é certificada pela Pantone; o seu brilho e contraste são certificados pela VDE; e a sua superioridade é confirmada por 19 anos consecutivos de liderança de mercado documentados pela Omdia.

 

A confusão do mercado torna a escolha clara. Para obter a cor pura e o brilho duradouro que a ciência dos Quantum Dots promete, o consumidor tem de escolher a tecnologia autêntica. Há QLEDs que só parecem QLED. E há o Real QLED.