
Utilizar molhos ou temperos à base de óleo pode ser mesmo o segredo para começar a comer couves sem torcer o nariz.
Um estudo recente da Faculdade de Agricultura, Alimentos e Recursos Naturais (CAFNR) da Universidade de Missouri descobriu que o método de preparação não altera o resultado. Seja cozinhada ou consumida crua, a couve tem o seu potencial nutricional totalmente libertado quando combinada com azeite, maionese ou qualquer molho à base de óleo.
Se já gosta deste alimento, é sempre uma boa ideia acompanhá-lo com um destes ingredientes.
“A couve é um vegetal rico em nutrientes que contém carotenóides, incluindo luteína, α-caroteno e β-caroteno, que têm efeitos benéficos para a saúde em geral”, disse à SciTechDaily Ruojie Zhang, professora assistente na Divisão de Ciências da Alimentação, Nutrição e Exercício da CAFNR. “O problema é que os nossos corpos têm dificuldade em absorver estes nutrientes porque são lipossolúveis em vez de hidrossolúveis”.
E porquê comê-los com os molhos sugeridos pelos investigadores? Os autores do estudo publicado na Food Nutrition descobriram que a couve crua por si só resulta numa absorção muito baixa de carotenoides, e cozinhá-la na verdade piora ligeiramente a absorção.
A principal descoberta surgiu quando adicionaram o molho especial à base de nanoemulsão: o modelo de digestão simulada absorveu muito mais carotenoides, independentemente de a couve estar crua ou cozinhada.
Os investigadores afirmam que “a equipa está empenhada no avanço da ciência alimentar com o objetivo de melhorar a saúde humana através do desenvolvimento de alimentos e tecnologias inovadoras”, disse ela. “Acreditamos que a ciência impactante pode gerar mudanças significativas na nutrição e no bem-estar globais, e estamos entusiasmados por contribuir para esta missão”.