imagem de um cérebro iluminado

“Marcapasso cerebral” faz depressão grave desaparecer em 35% dos pacientes, diz estudo (Foto: nundigital de NunDigital)

Pesquisadores do Reino Unido e da China fizeram um novo estudo para testar um dispositivo de estimulação cerebral profunda (ECP) para tratar depressão e ansiedade graves

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Na pesquisa, 34,6% dos pacientes chegaram à remissão, com os sintomas praticamente desaparecendo.

Semelhante a um marcapasso, o aparelho envia impulsos elétricos para ajustar a atividade cerebral, e beneficiou metade das pessoas com depressão grave que participaram do ensaio. 

O estudo foi liderado por pesquisadores do Reino Unido e da China, e publicado na revista Nature Communications.

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guia visual marcapasso cerebral para depressão

(Foto: Reprodução, Google LM Notebook)

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Como o estudo foi realizado

Os pesquisadores testaram a ECP em 26 pacientes do Hospital Ruijin, em Xangai, todos com depressão resistente ao tratamento tradicional. O ensaio foi aberto, com pesquisadores e participantes cientes do procedimento.

A técnica usa eletrodos finos inseridos no cérebro para aplicar uma leve corrente elétrica e ajustar a atividade cerebral anormal. 

Metade dos pacientes teve melhora significativa, medida por diferentes pontuações em sintomas relacionados à depressão, ansiedade, incapacidade e baixa qualidade de vida. Além disso, nove apresentaram diminuição quase total dos sintomas.

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Outras descobertas da pesquisa

De acordo com a professora Valerie Voon, uma das autoras do estudo, em entrevista ao The Sun, “a estimulação cerebral profunda mostra-se muito promissora no combate à depressão resistente ao tratamento, o que pode ter um enorme impacto na vida das pessoas”.

Os cientistas também identificaram um ponto importante: uma faixa de frequência chamada atividade teta (4–8 Hz), considerada um conjunto de “sinais cerebrais ruins” ligados a casos graves de depressão e ansiedade. 

Pacientes com níveis mais baixos dessa atividade antes da cirurgia foram os que apresentaram as maiores melhoras e relataram melhor qualidade de vida após três, seis e doze meses.

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Para Voon, o estudo “não apenas destacou essa promessa [de combater a depressão], como também nos forneceu um marcador objetivo potencial e muito necessário para dizer quais pacientes responderão melhor.”

É realidade no Brasil até certo ponto

A estimulação cerebral profunda já é utilizada no Brasil para tratar doenças como a de Parkinson, tremor essencial e distonia grave – todos distúrbios cerebrais que provocam movimento involuntário dos membros.

Já no caso da depressão, o método é pouco conhecido e raramente indicado, porque exige uma cirurgia cerebral complexa, envolve riscos significativos e ainda é considerado experimental, com poucas evidências de longo prazo.

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Por Vitoria Estrela