Os trabalhadores da Autoeuropa vão aderir à greve marcada para 11 de dezembro. A Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP) afirma que não pode ficar indiferente ao pacote laboral apresentado pelo Governo, optando por organizar quatro plenários para debater as alterações propostas.

Tiago Oliveira, secretário-geral da CGTP, sublinha que a central sindical “está a cumprir a sua obrigação”, levando informação aos trabalhadores e discutindo os impactos das medidas.

Segundo o dirigente, o pacote laboral “aumenta e normaliza a precariedade, desregula horários de trabalho, ataca os direitos das mães, das famílias e das crianças”, além de “atacar o direito à greve, facilitar despedimentos e impedir sindicatos de entrar nas empresas”.


Para Tiago Oliveira, o Governo demonstra “completa inflexibilidade” para discutir questões essenciais na vida de quem trabalha.

O sindicalista defende que a ministra responsável devia focar-se “nas razões que trazem os trabalhadores para a luta”, considerando que a greve geral é encarada como “último patamar de luta”.

“O Governo continua a mostrar-se completamente inflexível. Só responde a um lado e esquece-se da maioria, e a maioria são os trabalhadores”, afirma.

O secretário-geral da CGTP acrescenta ainda que os trabalhadores enfrentam dificuldades que este pacote “não vai resolver; pelo contrário, vem aprofundar desigualdades”.

Classificou as medidas como “um ataque ao direito à família, um ataque à precariedade e um conjunto de ataques que só a luta e a força dos trabalhadores poderão combater”.